Família Bolsonaro humilha trabalhadores brasileiros nos EUA
A decisão de Jair Bolsonaro de liberar o visto para a entrada de americanos no Brasil está provocando polêmica.
Afinal, não é uma atitude recíproca – o que não é habitual no relacionamento entre países.
Segundo Eduardo Bolsonaro, presidente a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, se os americanos dessem o mesmo direito, mais brasileiros passariam a viver ilegalmente nos Estados Unidos.
Chamou os brasileiros ilegais, quase todos trabalhadores que fugiram do desemprego no Brasil, de “vergonha”.
Pior: deu a entender que é hábito dos brasileiros ilegais cometer delitos.
Eduardo deu essas declarações depois de jantar na casa de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, defensor de ideias de extrema-direita e de estimular o ódio aos imigrantes.
Bannon é um aliado dos supremacistas brancos nos Estados Unidos.
“Um brasileiro ilegalmente fora do País é um problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente.
Um brasileiro que vai para o exterior e comete qualquer tipo de delito, eu me sinto envergonhado”,
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“A pergunta que eu faço é o seguinte: quantos americanos vão aproveitar essa brecha e vir morar ilegalmente no Brasil?
Agora vamos fazer a pergunta contrária: se os EUA permitirem que brasileiros entrem lá sem visto, quantos brasileiros vão para os Estados Unidos, sem visto, se passando por turista, e vão passar a viver ilegalmente aqui?”.
“Será que estou falando algum absurdo em dizer que, sem a necessidade de um visto, várias pessoas entrariam nos EUA de maneira ilegal e ilegalmente permaneceriam lá? Eu acredito que não”, emendou o deputado e filho do presidente.
Os brasileiros não estão nos Estados Unidos para cometer delitos: a maioria está para trabalhar.
E trabalhar duro.
Estão em empregos que os americanos já não querem aceitar – e, com isso, ajudam a enriquecer o país.
Lembremos que a família Bolsonaro veio ao Brasil como imigrantes para fugir da miséria da Itália.