Filho de Bolsonaro culpa PSL pela “facada” moral em seu pai
O impacto da reportagem da Folha sobre a transferência de R$ 400 mil para uma candidata “laranja” em Pernambuco pode ser visto num post do deputado Eduardo Bolsonaro.
Nesse post, ele indiretamente admite que o pai levou uma “facada” com a reportagem.
Mas a responsabilidade seria apenas do PSL, partido do presidente.
Ele preferiu compartilhar um post em seu perfil.
É NECESSÁRIO NESTE CASO, SEPARAR O PARTIDO DO PRESIDENTE BOLSONARO, QUE NADA TEM A VER COM O FATO!
É MAIS UMA FACADA QUE ELE LEVA!
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A complicação: na época, o PSL era presidido por Gustavo Bebianno, agora secretário-geral da Presidência.
A Folha informa: Bebianno tentou com Jair Bolsonaro, para explicar o caso.
Mas não foi atendido: o presidente se recupera no hospital.
Nenhuma denúncia contra Jair Bolsonaro foi tão grave como essa apresentada hoje pela Folha.
É a pior facada em seu governo por três motivos:
é contra seu partido, que fez a campanha montada na campanha da honestidade.
envolve diretamente o secretário-geral da presidência, Gustavo Bebianno.
envolve diretamente o atual presidente do partido, Luciano Bivar, presidente do PSL e vice-presidente da Câmara.
A reportagem está extremamente documentada – e ajuda a derreter ainda mais a imagem ética de Bolsonaro.
Basta ler.
A descoberta do jornal é seguinte: a cúpula do PSL destinou R$ 400 mil para uma candidata-laranja a deputada em Pernambuco, onde mora Bivar .
Luciano Bivar, presidente do PSL
Na época, Bebianno presidia o PSL.
Nome da laranja: Maria de Lourdes Paixão, 68 anos.
Só para dar uma idéia: ela ganhou mais do fundo partidária do que a deputada Joice Hasselmann que teve mais de 1 milhão de votos) e do próprio Bolsonaro.
Detalhe: o dinheiro chegou apenas na véspera da eleição. Mais precisamente, no dia 3 de outubro.
Ou seja, teria 4 dias para gastar.
E gastou tudo numa gráfica.
Resultado: só teve 274 votos.
A Folha visitou o endereço da nota fiscal – e não encontrou sinal de gráfica.
O que a candidata disse para a Folha:
À reportagem Lourdes Paixão diz não se lembrar do nome do contador que aparece em sua prestação de contas, da gráfica que afirma ter contratado nem de quanto gastou ou o volume de material que encomendou.
Também não soube explicar as razões de ter sido escolhida candidata e agraciada com a terceira maior fatia de verba pública do partido de Jair Bolsonaro.