Globo: ataque de Bolsonaro na ONU ajuda Raoni a ganhar prêmio Nobel
Num plenário lotado de diplomatas e chefes de Estado, Bolsonaro atacou por duas vezes o cacique Raoni, mais conhecido líder indígena do país
O melhor comentário sobre o discurso de Jair Bolsonaro na ONU é do jornalista Bernardo Mello Franco, do O Globo.
“Em sua estreia na Assembleia-Geral da ONU, Jair Bolsonaro fez um discurso deslocado no tempo e no espaço. O presidente investiu numa retórica anticomunista, como se o mundo ainda estivesse na Guerra Fria. Ao descrever uma suposta ameaça socialista, atacou dois líderes mortos: Fidel Castro e Hugo Chávez”.
Foi um discurso agressivo, como temiam diplomatas assombrados com o Itamaraty da “nova era”. Em vez de buscar a conciliação, Bolsonaro deu mais um passo para o isolamento internacional.
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Num plenário lotado de diplomatas e chefes de Estado, Bolsonaro atacou por duas vezes o cacique Raoni, mais conhecido líder indígena do país. Aos 89 anos, o caiapó acaba de ser lançado ao Prêmio Nobel da Paz. Ao tentar difamá-lo, Bolsonaro deu um inesperado impulso à candidatura”.