Jornalistas derrotam com robôs as milícias digitais de Bolsonaro
Apoiados por sistemas avançados de tecnologia da informação, jornalistas estão mostrando como lidar com a manipulação nas redes sociais.
É uma aliança do jornalismo com os robôs criados por inteligência artificial.
A imprensa está aprendendo a lidar com esses esquemas, afinal são novos.
A Folha já tinha denunciado como redes de WhatsApp foram usadas clandestinamente para impulsionar, usando Fake News, a candidatura Bolsonaro.
Denúncias na imprensa também fizeram o Facebook tirar contas associadas a perfis que disseminavam ódio e desinformação.
Agora, jornalistas do O Globo expuseram mais detalhes sobre esses esquemas secretos – e obrigaram o Twitter a tirar contas do ar.
Já é possível, usando robôs, rastrear com precisão como se processa, nas redes, a onda de ataques.
Foi o que o Globo fez com a ajuda do Laboratório de Estudos e Imagem de Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Chegou-se a esse perfil abaixo como difusor de Fake News. Entre as vítimas, o jornal O Estado de S. Paulo.
Entre os 4 milhões de seguidores do presidente Jair Bolsonaro no Twitter , o perfil @gomes28774783 chama a atenção. Sua atuação na rede social se restringe quase exclusivamente à defesa de assuntos de interesse do governo. Ele já chegou a fazer 16 tuítes em um minuto. Do dia 9 ao 27 deste mês, foi responsável por 3.170 publicações, o que dá uma média de uma a cada dez minutos.
Esse perfil fez parte dos ataques ao Estadão, com base em uma Fake News disseminada por Bolsonaro contra o Estadão, a partir de um post do site Terça Livre, editado por Allan dos Santos – um discípulo de Olavo de Carvalho.
Mais dois assuntos que mereceram uma operação especial: nomeação Ilona Szabó para um conselho do Ministério da Justiça, e na defesa da atuação de Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos.