Articulador de Bolsonaro usa cocaína contra Jovem Pan e Greenwald
Quando Olavo de Carvalho conclamou a criação urgente de uma militância bolsonarista, coube a Allan dos Santos, do site Terça Livre, fazer a arregimentação pelas redes sociais, distribuindo cadastros.
É uma figura-chave nas redes sociais sociais a favor de Bolsonaro.
Até pouco tempo, era mais conhecido por ideias folclóricas como a masturbação queima neurônios ou cigarro não faz mal à saúde –essa última “ideia”, inspirada em Olavo de Carvalho.
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Mas ele faz parte de um jogo muito mais pesado –a ponto de plantar notícias sobre cocaína para atacar seus adversários.
Allan dos Santos divulgou que Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, foi internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro (RJ), após sofrer um infarto por uso de cocaína.
Entretanto, tudo não passou de uma fake news. Isso porque o jornalista publicou uma série de tuítes das 23h36 às 23h46 da última quinta-feira, 25, e voltou a tuitar às 7h22 desta sexta-feira, 26, comprovando que não está com problemas de saúde.
No texto apontado como mentiroso, o blogueiro disse ainda que “uma outra fonte informou que ele possui histórico de internações na Clínica São Vicente por abuso de drogas”.
Ao site “Fórum”, fontes da Clínica São Vicente afirmaram que não tinham conhecimento sobre a informação. Já a assessoria de imprensa do hospital confirmou que ele não está internado.
Ao ser questionado sobre a veracidade da informação sobre Glenn, Allan seguiu sustentando a notícia: “O analfabetismo é gravíssimo no Brasil. Afirmamos que @ggreenwald FOI (verbo no passado) internado às pressas na Clínica São Vicente e que depois FOI levado ao hospital Samaritano. Se a clínica e o hospital dizem que ele não ESTÁ (verbo no presente) lá, é pura retórica”, publicou no Twitter.
Alguns internautas, então, rebateram o blogueiro. “’Urgente’, ‘É internado’, ‘Encontra-se’ e nós somos analfabetos? Sério isso? Não é mais fácil fazer uma errata igual fazem os jornais quando o leitor fica confuso, já que o erro de fato ocorreu?”, disse uma internauta. “Pois é, não se usa essa linguagem para uma coisa da semana passada”, completou outro.
Ele insinuou em seu perfil pessoal no Twitter o envolvimento de jornalistas da Jovem Pan com cocaína.
Não deu nomes. Nem citou a rádio, embora ficasse claro – a rádio fica na avenida Paulista.
O @LorenzonItalo ficou chocado ao ver um jornalista cheirando cocaína no Palácio do Planalto no dia da posse presidencial. É que ele não frequenta os estúdios perto da Av. Paulista, acho. Como também não frequento, também me choquei.
É crescente atenção no país sobre a radicalização nas redes sociais, já que, como no caso de Felipe Neto, Jean William e Marcelo Freixo, atacam-se também os familiares.