MBL ofende jovem deputada vítima de um abuso em Brasília

01/02/2019 14:42

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) foi até o apartamento funcional sorteado para ela e descobriu que o filho de Hildo Rocha (MDB-MA) estava morando no imóvel. Ele se recusou a sair.

“Ele estava irregularmente, ilegalmente ocupando dois imóveis”, contou a deputada. “Eu liguei pra Câmara, expliquei a situação, tentei resolver e o próprio deputado falou que eu podia fazer o barulho que fosse que o filho dele não ia sair.”

Esse foi o fato.

Mas o MBL resolveu atacar não o abuso do filho do deputado.

Atacou a Tabata.

Chamou-a, por exemplo, de patricinha. Sem saber ( ou sabendo e escondendo) que ela vem da periferia de São Paulo e ajuda a promover a educação de crianças e adolescentes pobres.

Mais: Tabata merece meu respeito. Ela vem da periferia, estou em escola pública e conseguiu ser aceita em Harvard.
É um exemplo. E deveria ser defendida pela MBL, por revelar a força individual contra as circunstâncias limitadoras.

Chamar alguém que vem da periferia e trabalha pela periferia de patricinha é não apenas uma mentira.

É uma ofensa.

Trecho do texto do MBL:

Não surpreende sua indignação com o apartamento ocupado. Ganhando R$33 mil por mês, Tábata considera legítimo desfrutar das comodidades do legislativo. Seu discurso de “nova política” serviu pra ludibriar otários com sentimento de culpa — em suma, 99% da elite paulistana. Mas nunca nos surpreendeu. Defensora de um estado grande e arcaico, Tábata é o velho travestido de novo. Na prática, não herda apenas o apartamento de Hildo Rocha, dinossauro do patrimonialismo; herda também sua mentalidade.