Ministro de Bolsonaro defendeu guerrilheira Dilma Rousseff
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi ontem ao Congresso, onde elogiou o golpe militar de 1964.
Disse, aliás, que não foi um golpe. Nem uma ditadura.
O que deve ter agradado seu chefe, Bolsonaro.
A revista Época descobriu um documento que que desmoraliza a fé do ministro pelo golpe.
É discurso de Ernesto Araújo em que defende Dilma Roussef na sua luta contra a ditadura.
Na época, ele trabalhava na embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
A fala foi feita em Washington, em abril de 2011, durante encontro do programa Global Model of Democracy and Development, do Akron Council on World Affairs (ACWA),
“Especialmente entre os jovens não havia esperança de ver a democracia restabelecida por meios pacíficos. A impressão era que o governo militar ia ficar para sempre. Então muitas pessoas, a despeito das instituições, decidiram pegar em armas. Ela [Dilma] foi parte disso”, contou Araújo, em inglês.
Depois disse que não foi a guerrilha que deu fim à ditadura e que os militares saíram do poder por suas próprias contradições.
“Então não foi a luta direta com armas que derrubou os militares. Mas é claro que essa luta [guerrilha] foi importante como parte de um movimento geral em direção a mais democracia, que era basicamente um movimento pacífico”, afirmou.
Em seguida, Araújo completou que “todos que lutavam em paz ou não tão em paz se sentem parte desse processo de redemocratização” do Brasil.