Patrocinador questiona Lollapalooza por situação de trabalhadores
A notícia de que trabalhadores receberam R$ 50 por 12 horas de jornada na montagem do festival Lollapalooza pegou mal entre os patrocinadores.
A coluna Painel S.A, da Folha, revela que a Ambev e PepsiCo solicitaram esclarecimentos ao organizador, a T4F (Time For Fun). Já a GM diz que defende o cumprimento da lei e indica que a organização dê esclarecimentos.
Procurados pelo jornal, os outros patrocinadores do festival optaram por não comentar o caso oficialmente.
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O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, também denunciou a situação em suas redes sociais. Segundo ele, cerca de 120 pessoas foram convocadas para o trabalho.
“O preço de mercado para um carregador trabalhar 12 horas seria de R$ 100”, afirma.
De acordo com a lei trabalhista e o piso no estado de São Paulo, o aceitável seria cerca de R$ 68.
Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) afirmou esta semana que denunciará a organização do Lollapalooza por recrutar pessoas em situação de rua para trabalhar em situação análoga à escravidão.