Polícia Federal para Bolsonaro: “Perdeu a chance de ficar calado”
O jornal Correio Braziliense captou sinais de irritação de integrantes da Polícia Federal com o presidente Jair Bolsonaro.
Motivo: na prática, ele deu uma bronca pública e considerada e injusta contra a Polícia Federal.
O que foi interpreto uma uma tentativa de criar uma notícia para contornar o desgaste da imagem presidencial, abatida por uma série de notícias negativas ( vídeo acima)
O jornal entrou num grupo fechado da PF no WhatsApp. Um deles fala: “Perdeu a chance de ficar calado”.
Os comentários dos policiais afirmam que profissionais competentes estão realizando a investigação, com toda a pressa.
Mas os fatos não permitem concluir que Adélio Bispo tinha mandantes.
Bolsonaro pediu, em vídeo gravado no Hospital Albert Einstein, que a Polícia Federal acelere as investigações sobre a facada que levou na campanha eleitoral.
Classificou a facada como “ato terrorista”
Pediu à polícia ” uma solução para o caso nas próximas semanas”.
Objetivo da cobrança: a PF deveria indicar os mandantes do crime.
No vídeo, Bolsonaro dá a entender que Adélio Bispo, ex-militante do PSOL, estava a mando de algum grupo da esquerda.
Mas, até agora, os policiais não encontraram nenhuma vinculação de Adélio com qualquer grupo ou mandante.
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Noticia do O Globo:
Policiais vasculharam computadores, dados armazenados em celulares, contatos telefônicas, redes sociais, contas bancárias e relações pessoais, entre outros aspectos da movimentação de Adélio. Mais de dez policiais, considerados altamente qualificados, foram destacados para levantar informações e checar detalhes mínimos do caso.
“Para o pleno esclarecimento dos fatos apurados, até o momento a Polícia Federal entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois Terabytes de imagens. Foram realizadas diligências investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florianópolis”, diz nota divulgada pela polícia nesta tarde.
O que pareceu a policiais da PF: o presidente quer explorar a facada politicamente, mostrando-se vítima não de um perturbado mental mas de um esquema organizado.
Para os policiais, falar, neste momento, ainda sem provas, que Adélio não agiu sozinho seria uma Fake News