Provado: juiz que prendeu Temer tem mais músculos do que cérebro
O que todos os juristas previam aconteceu: Michel Temer foi solto.
Foi solto porque qualquer aluno de Direito poderia constatar falhas graves no despacho do juiz Marcelo Bretas.
Sua decisão é baseada em visões superficiais.
Basta ver o número de vezes – 18 – que ele usa o verbo parecer.
Ficou claro que ele tem mais músculos do que cérebro.
Ou, pelo menos, mais músculos e vaidade do que cérebro.
No final, quem sai desgastada é a LaVo Jato.
As fotos do juiz Marcelo Bretas, responsável pela prisão de Michel Temer, não teriam nenhum problema.
Ele gosta de fazer musculação – e de mostrar seu músculos.
Muita gente tem o mesmo comportamento, sem gerar polêmicas.
O problema é que essas fotos divulgadas agora se encaixam no debate sobre a prisão de Michel Temer.
Não são poucos os analistas, mesmo entre aqueles que não gostam de Temer, que criticam a prisão, considerada apressada e sem base legal.
O que se comenta é que, além de questões jurídicas, Bretas estaria procurando virar um novo Sérgio Moro, surgindo como o herói da moralidade – sobretudo agora que a imagem de Moro está sendo queimada.
Prender Temer seria um troféu – e muitos procuradores estavam atrás dessa conquista.
Daí surge a questão sobre até que ponto, além das motivações jurídicas de Bretas, não haveria uma dose de exibicionismo.
Marcelo Bretas, 49 anos, gosta de exibir seu lado marombeiro na internet.
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Na maioria das publicações no Instagram, o juiz aparece de camiseta regata e exibindo os músculos.
De acordo com o jornal “O Globo”, três dias antes de voltar a agir como o juiz da Lava Jato no Rio, ele postou da academia onde malha no bairro do Flamengo.
“Missão cumprida por hoje”, diz a legenda da selfie. Vale até foto no elevador indo para a malhação.
Ele não deixa de se exercitar nem quando está fora de sua cidade. Foi assim quando esteve em Vitória, no Espírito Santo, em fevereiro, de onde também postou.
Segundo a reportagem, o cuidado com a alimentação e a forma física podem ter uma explicação no passado.
O juiz era um rapaz franzino na juventude, como descreveu um amigo de outros tempos na página do juiz no Facebook: “Quem conheceu Marcelo na adolescência dirá quanta diferença. Aquele garoto magricela, narigudo, de cabelo comprido, vira juiz e fica fortão. Agora pode se dar ao luxo de tirar esta onda, meu amigo”. “Temos que estar sempre prontos pra correr”, respondeu ele, brincando.