Torcer pela morte de Bolsonaro não é só irresponsável. É burro.

Há um jeito de ser burro, idiota e irresponsável: torcer pela morte de Jair Bolsonaro.

Nas conversas reservadas, há pessoas – e não são poucas – torcendo para Jair Bolsonaro morrer no hospital por causa da operação.
É uma espécie de terceiro turno eleitoral pela via hospitalar.
Carlos Bolsonaro chega a dizer que até mesmo “aliados” torceriam pela morte de seu pai, num suposto recado ao vice Hamilton Mourão.
Como todos sabem, não gosto de Bolsonaro. Considero-o uma perigosa mistura de mediocridade, ignorância e arrogância.
Essa combinação não teria problemas se ele fosse apenas um deputado.
Mas, na presidência, é um perigo.
Prova disso é que Olavo de Carvalho, uma fraude intelectual, capaz de dizer que não existe ligação entre cigarro e câncer de pulmão ou questionar a vacinação infantil, é guru do presidente.
Feitas essas ressalvas, digo o seguinte.
Não gosto de Bolsonaro, mas gosto da democracia.
Os eleitores quiseram que ele fosse presidente – e devemos respeitar sua vontade.
Se já está difícil com Bolsonaro aprovar a reforma da previdência, imagine com o Hamilton Mourão, sem nenhum apelo popular.
Sem reforma da previdência, o Brasil quebra.
Se quebrar, vai aumentar a miséria e o desemprego.
Posso não gostar de Bolsonaro, mas não sou idiota, irresponsável e amo meu país