Dimenstein: Ibope mostra o efeito do ‘gabinete do ódio’ em Bolsonaro
Pesquisa CNI/Ibope mostra que metade da população desaprova governo Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro tem o hábito de culpar a “grande imprensa” pela sua crise de popularidade.
Faz parte de sua mania de ver inimigos e conspirações por todos os lados.
Pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta-feira, 25, revela que sua imagem não para de piorar.
A reprovação ao governo subiu de forma mais enfática: estava em 40% em abril e em 48% em junho, agora foi para 50%.
O fato óbvio: o estilo de confronto não está funcionando.
Esse estilo foi esboçado, com apoio do presidente, por seu filho Carlos, que montou no Palácio do
Planalto um grupo de militantes e especialistas em redes sociais, batizado de “gabinete do ódio” – a meta deles é a reeleição de 2022.
A ideia era simples: Bolsonaro precisava garantir seu nicho.
Daí o presidente ser orientados a manter-se em briga, como se estivesse em campanha.
Mas ele entrou em guerra com o mundo por causa da Amazônia e questões ambientais, assustando apoiadores ruralistas e do agronegócio.
Entrou em guerra com a Argentina, assustando nossos empresários que temem crise com problemas com um grande parceiro comercial.
Nesse ambiente, surgiu precocemente a candidatura de João Dória, no âmbito da direita.
Bolsonaro não tem o controle do Congresso.
Atritou-se com Sérgio Moro, abalando a imagem de guerreiro contra a corrupção.