Veja revela os ‘melhores’ momentos do ‘grande circo Bolsonaro’

Nas últimas semanas o presidente Bolsonaro e sua trupe transformaram o Brasil num picadeiro para malabarismos dos mais bizarros.

Da discussão sobre a origem do nazismo à negação do golpe militar de 1964, a cúpula do Planalto e seus fiéis seguidores soltam uma asneira atrás da outra.

Pode até soar folclórico, mas há consequências graves nestas declarações, segundo o jornalista Jerônimo Teixeira, da Veja.

 
Créditos: Reprodução/Veja
 

Ele listou algumas polêmicas provocadas pelo “analfabetismo ideológico” que marcaram os primeiros cem dias do governo Bolsonaro.

NACIONAL-SOCIALISMO – Para Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo, o nazismo foi um movimento de esquerda. Segundo eles, a conclusão é por conta da palavra socialista no nome do partido nazista (Partido Nacional Socialista).

DEMOCRACIA DE FORÇA - Para os bolsonaristas, o presidente-general Emílio Garrastazu Médici foi o ditador que salvou o país da ditadura

NA TRINCHEIRA – Para o deputado Kim Kataguiri, um dos líderes do MLB e apoiador de Bolsonaro, filósofo alemão Karl Marx revisou teorias depois da morte

ANACRONISMO AMERICANO –  A polarização delirante produz aberrações que são até divertidas, como a de Maristela Basso, professora de direito da USP, que Simón Bolívar, viveu em um tempo no qual “as leituras de Marx e Lenin” estavam no auge.

Detalhe: o líder venezuelano morreu em 1830, quando o futuro autor de “O Capital” tinha só 12 anos. Já Lenin nasceria quarenta anos depois.

“A ignorância pode ser corrigida –mas não quando se trata de ignorância militante. Os factoides ideológicos do bolsonarismo não se limitam a bobagens ditas em canais do YouTube, a opiniões esquisitas proferidas em passeios por Israel ou à ordem do dia dos quartéis. São parte da política do Estado”, diz o jornalista.