Vídeo mostra a verdade da família Bolsonaro com as milícias

24/01/2019 11:39

Um vídeo que voltou a circular nas redes sociais com Jair Bolsonaro define a verdade da família com as milícias.

Não há nenhum prova – nem mesmo mesmo indício – de que Flávio Bolsonaro tenha participado de qualquer gesto capaz de ligá-lo ao assassinato da vereadora Marielle Franco.
Mas há abundantes sinais da ligação da Família Bolsonaro com as milícias.
Flávio Bolsonaro foi contra uma CPI das Milícias na Assembléia Legislativa.
Foi o parlamentar mais votado na favela Rio das Pedras, base do escritório do crime.
Seu gabinete empregava a mãe e a mulher de Adriano Magalhães, apontado como suspeito da morte da vereadora e um dos chefões das milícias.
Quando teve de esconder, Fabrício Queiroz escolheu a favela de Rio das Pedras.
Para reforçar essas ligações, está voltando a circular esse vídeo de Jair Bolsonaro elogiando as milícias.
Ele sintetiza a verdade sobre a família Bolsonaro e as milícias, vistas, por muito tempo, como um sistema de proteção, e não, como se reconhece hoje, mais um problema para a segurança pública.

Bernardo Mello Franco, colunista de O Globo, mostrou em um artigo várias frases de Jair Bolsonaro sobre as milícias:

“Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio”, afirmou.

O capitão pregou a adoção de uma “rígida política de controle da natalidade”. Sem isso, seria “baboseira” investir em escolas e hospitais públicos. “Chega de vaselina, de baboseira, de falar em educação, em saúde, porque essa não é a nossa realidade primeira”, disse.

Dois meses depois do discurso, o mecânico Gérson Jesus Bispo foi assassinado por denunciar a atuação do esquadrão da morte a uma missão da ONU. Ele acusava policiais militares de torturar e matar seu irmão.

Em dezembro de 2008, Bolsonaro elogiou a atuação das milícias no Rio. Ele criticou o relatório da CPI da Assembleia Legislativa que apurou a atuação dos grupos paramilitares. A comissão pediu o indiciamento de policiais, bombeiros e políticos que dominavam favelas. A investigação mostrou que eles lucravam com a cobrança de taxas, a oferta de serviços clandestinos e a venda de apoio político.

“Querem atacar o miliciano, que passou a ser o símbolo da maldade e pior do que os traficantes. Existe miliciano que não tem nada a ver com gatonet, com venda de gás. Como ele ganha R$ 850 por mês, que é quanto ganha um soldado da PM ou do bombeiro, e tem a sua própria arma, ele organiza a segurança na sua comunidade. Nada a ver com milícia ou exploração de gatonet, venda de gás ou transporte alternativo”, disse o deputado.

A defesa das milícias não ficou no passado de Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, já como candidato ao Planalto, ele elogiou os grupos paramilitares em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Tem gente que é favorável à milícia, que é a maneira que eles têm de se ver livres da violência. Naquela região onde a milícia é paga, não tem violência”, afirmou.