17% dos casais têm brigas frequentes quando o assunto é dinheiro, diz pesquisa

05/11/2014 09:00 / Atualizado em 06/05/2020 17:36

Uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz mostra que muitos casamentos podem acabar em briga, quando o assunto é dinheiro. O estudo ouviu 656 pessoas de todas as capitais brasileiras para analisar a relação que o consumidor tem com as finanças pessoais e revelou que 16,7% dos brasileiros casados declaram que a maneira como eles gastam o próprio dinheiro é motivo de briga dentro de casa.

De acordo com o estudo, o percentual de casos de conflitos aumenta de 16,7% para 22,7%, quando analisados somente os casais inadimplentes, ou seja, aqueles que estão com contas em atraso. Ao analisar apenas os entrevistados que estão adimplentes — sem nenhuma conta em atraso — o percentual cai para 10,7%.

Na avaliação do educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, os números mostram que grande parte dos problemas de relacionamento começa quando o assunto é dinheiro, mas nem sempre isso é percebido claramente pelos casais. “Na maioria dos casos, o dinheiro vem disfarçado nas discussões. Se falta dinheiro para uma saída, o problema pode ser percebido como falta de romantismo. Se não sobra dinheiro para comprar roupas novas, o problema pode ser entendido como desleixo do parceiro. Se não há dinheiro para levar os filhos ao cinema, o conflito pode ser percebido como falta de carinho e atenção”, afirma.

Sendo assim, Vignoli afirma que o melhor caminho é sempre o da transparência, seguido de traçar objetivos e de fazer um bom planejamento financeiro. “A família precisa parar e sentar para conversar sobre as finanças. Uma relação franca pode revelar que o verdadeiro problema não é a falta de amor, mas sim a de dinheiro. Saber qual é a renda da casa, quem tem dívidas em atraso e principalmente quais são os sonhos e os objetivos de cada um é fundamental para o sucesso financeiro, inclusive para o sucesso do relacionamento”, explica Vignoli.