Consumidores desconfiam de sites que oferecem produtos com preços muito baixos

31/08/2015 12:33 / Atualizado em 06/05/2020 23:44

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) sobre o consumo virtual indica que o hábito de comprar pela internet é considerado cada vez mais seguro pelos consumidores. Cerca de oito em cada dez internautas (82%) atribuíram notas altas, numa escala de um a cinco, ao serem questionados sobre o grau de segurança no comércio online – percentual que aumenta para 93% entre os consumidores com maior frequência de compras virtuais.

Porém, ainda que o grau de segurança seja considerado alto, os consumidores virtuais demonstram preocupação com seus dados pessoais e com os sites que visitam: 58% disseram evitar cadastrar o cartão de crédito para compras futuras; 54% alegaram só comprar em sites conhecidos ou indicados; 53% realizam a compra em um site que tenha um sistema de pagamento certificado e 45% fazem a compra em sites que não possuem reclamações nas redes sociais ou em portais como o “Reclame Aqui”.

Preço baixo = desconfiança

Também foi verificado na pesquisa que 31% dos consumidores desconfiam de preços muito baixos e de grandes promoções. Três em cada dez ainda imprimem todos os passos da compra e os e-mails de confirmação, e outros 20% afirmam que sempre passam um antivírus no computador, para que seus dados não sejam clonados.

“Ainda que já esteja bastante difundido entre os brasileiros, o comércio virtual ainda levanta muitas dúvidas entre os consumidores. Como funciona o pagamento, o sistema de entregas dos produtos, e quais os direitos e deveres das empresas são questionamentos comuns e que devem ser feitos constantemente”, diz o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.

Dos motivos citados para não correr riscos, 28% dos consumidores virtuais garantem não comprar em sites/marcas desconhecidas por não saber a procedência do produto, enquanto 12% justificam dizendo que não o fazem por desconfiar de sua qualidade.

Apenas 3% dos entrevistados afirmaram não tomar cuidados ao comprar pela internet.