Nervosismo, infelicidade e baixa autoestima estão entre os sentimentos relatados por devedores
Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojista (CNDL) mostra que, ao ficarem endividados, os consumidores adquirem um estado emocional negativo e que pode se transformar em mudanças de comportamento, alterando as relações sociais e até causando falta de produtividade no trabalho. Cerca de 48% dos inadimplentes entrevistados afirmam sentir vergonha por terem dívidas.
Outros sentimentos negativos mais relatados são a infelicidade (46%), insegurança e o medo de não conseguirem quitar as pendências (44%), e nervosismo, irritação e desespero (44%). Quando se referem à autoestima, 43% disseram que ela foi afetada devido às dívidas que possuem há mais de três meses. E quanto maior o valor da dívida, maior também o nível de preocupação do inadimplente: 67% dos que devem R$ 5.000 ou mais, têm nível de preocupação alto ou muito alto.
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Como efeitos diretos das dívidas e dos sentimentos gerados por elas, 53% relataram alterações de apetite, seja aumento ou perda. Outros 39% afirmaram estar com insônia, e 31% terem medo de atender o telefone.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os efeitos práticos da inadimplência são previstos e esperados por todos. “Quando alguma dívida é contraída e o pagamento atrasado, o consumidor sabe que terá consequências no seu dia a dia e em relação ao seu orçamento”, diz. “Porém, é difícil prever o impacto que estas dívidas terão sobre as suas emoções e o que isso ocasionará em seu comportamento”, analisa.