Pesquisa revela que 25% das pessoas que gastam mais do que podem têm intenção de agradar e se exibir para terceiros

Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em todas as capitais somente com internautas que vivem fora do seu padrão de vida, ou seja, gastam mais do que podem ou fecham o mês sem sobras de dinheiro, revela que um quarto (25%) dos entrevistados admite comprar produtos que extrapolam o seu orçamento apenas para agradar os outros. O percentual é maior entre pessoas com idade entre 25 e 35 anos (35%).

O levantamento revela ainda que 12% dos entrevistados compram mais do que podem com o intuito de manter a reputação ou a boa imagem perante os demais e 11% realizam suas compras pensando mais no que as pessoas ao seu redor vão achar deles do que na própria satisfação pessoal.

De acordo com a pesquisa, seis em cada dez (59%) entrevistados reconhecem que a necessidade de conquistar coisas novas e a expectativa de melhorarem de vida explicam, em parte, o fato deles gastarem mais do que deveriam. Há ainda aqueles que estouram o orçamento ou fecham o mês sem sobras de dinheiro porque gostam de manter uma vida glamorosa e confortável (24%) e os que atribuem às dificuldades enfrentadas no dia a dia (18%) como razão para não controlarem seu orçamento doméstico.

Internautas admitem reparar na casa, roupa e celular de colegas

Reparar nos bens materiais de amigos e familiares é comportamento frequente entre os consumidores entrevistados. Segundo a pesquisa, 46% dos internautas ouvidos admitem reparar na casa ou no apartamento dos familiares e amigos – sobretudo as mulheres (51%). Seguindo a lista, os outros produtos que os entrevistados mais observam nas pessoas a sua volta são o modelo de carro de amigos e familiares (42%), a forma como se vestem (42%) e a marca de celular que possuem (40%).

Quando um familiar ou amigo adquire um celular novo, 37% dos entrevistados garantem ficar com vontade de comprar um para si também. Comportamento similar é observado no caso das compras de roupas (35%) e de automóvel (30%).