Projeto gastronômico permite que cliente pague o que acha justo pela refeição
Comer em um restaurante e ficar sabendo que você vai pagar o que achar justo pelo prato? Pois esta é uma das propostas do projeto Ecozinha de Curitiba, uma experiência gastronômica em busca de relações mais saudáveis com a comida e com o dinheiro.
Um quadro negro posicionado ao lado das travessas com a comida dá a dica: “Feijoada vegana, farofa de banana, arroz/salada: esse almoço custou 220 reais, deixe sua contribuição”. O almoço é servido como em casa de família: comida na mesa e todos sentados ao redor, nada de garçons, menu ou conta. Quando dá tempo, os cozinheiros sentam junto e comem com os presentes, que também estão convidados a lavar o prato após a refeição. A proposta é desacelerar para se aproximar de uma rotina melhor, mais saudável e com mais olho no olho.
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A ideia do projeto surgiu quando Fatima Mazarão morou em Portugal em uma casa coletiva e cozinhava para muita gente. Todos dividiam os custos mas, com o tempo, ela notou que as contribuições começaram a ser maiores do que a conta do mercado. Seus amigos passaram a financiar espontaneamente a empreitada, sem nunca terem conversado a respeito. Assim, plantaram a semente do modelo de contribuição livre que a Ecozinha testa hoje.
A Ecozinha é uma iniciativa pequena, que não pretende crescer e disputar mercados. Sua lógica é atuar no micro e considerar o impacto no macro.
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Fonte: Draft