5 dicas para evitar ciladas e fazer um intercâmbio tranquilo

Pesquisa Selo Belta 2025 mostra que 82% dos brasileiros preferem o suporte especializado na hora de estudar fora

29/11/2025 20:05

O desejo de estudar no exterior segue em alta entre os brasileiros. No entanto, especialistas alertam que organizar o intercâmbio por conta própria pode transformar a economia inicial em dor de cabeça. A contratação direta, sem o apoio de uma agência formalmente constituída, tem resultado em diversos problemas —desde escolas que encerram atividades sem aviso até acomodações que não correspondem ao prometido.

Segundo a Pesquisa Selo Belta 2025, 82% dos brasileiros ainda optam por fechar o intercâmbio por meio de uma agência, justamente pela segurança e suporte oferecidos. “As agências associadas à Belta passam por um processo rigoroso de certificação, garantindo respaldo jurídico e qualidade no atendimento”, afirma Alexandre Argenta, presidente da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta).

London morning traffic scene with red Double Decker buses move along the Westminster Bridge with Palace of Westminster Elizabeth Tower aka Big Ben in background
London morning traffic scene with red Double Decker buses move along the Westminster Bridge with Palace of Westminster Elizabeth Tower aka Big Ben in background - naumoid/iStock

 

Com ajuda do advogado Marcelo Oliveira, especialista em Direito do Turismo e representante jurídico da Belta, listamos abaixo os principais riscos e as medidas indispensáveis que todo intercambista deve considerar antes de firmar contrato.

1 – Verifique se a agência é legalmente registrada

O primeiro passo é garantir que a empresa é uma pessoa jurídica regular, com CNPJ ativo. “Quem vende programas de intercâmbio sem CNPJ comete exercício irregular da profissão, uma contravenção penal. Além disso, o estudante perde a proteção das leis brasileiras caso algo dê errado”, alerta Marcelo Oliveira.

Agências associadas à Belta passam por uma triagem criteriosa, que inclui histórico de atuação, certificações e cartas de recomendação de instituições internacionais, um diferencial que reduz consideravelmente os riscos.

2 – Confirme todos os detalhes da acomodação

A acomodação é uma das principais fontes de conflito quando o intercâmbio é fechado sem agência. Há relatos de estudantes que chegaram ao destino e encontraram residências compartilhadas por várias pessoas, quartos sem privacidade ou até locais inexistentes. “A agência tem a obrigação legal de prestar informações claras e garantir assistência. Ela verifica se o que está sendo oferecido existe, está em boas condições e atende ao perfil do estudante”, explica o advogado.

3 – Pesquise a reputação da escola de destino

Quando o contrato é feito diretamente com instituições estrangeiras, o aluno corre o risco de a escola fechar, não cumprir a carga horária prometida, adotar um método de ensino diferente do vendido ou até superlotar as salas de aula. “Em caso de problemas, o estudante que contratou direto dificilmente consegue recorrer juridicamente. Já as agências brasileiras são corresponsáveis pelos serviços intermediados e respondem legalmente por eles”, explica Oliveira.

Segundo a Belta, os casos mais comuns envolvem escolas que deixam de operar ou que alteram as condições do curso sem aviso, deixando o aluno sem alternativas ou reembolso.

4 – Leia o contrato com atenção (e sem pressa)

Antes de assinar, é essencial revisar cláusulas de cancelamento, alteração, reembolso e inclusões, garantindo que tudo o que foi prometido esteja detalhado por escrito. “A ansiedade de realizar o sonho não pode atropelar a etapa da leitura. Cada detalhe precisa estar descrito, alimentação, tipo de quarto, horários, regras e taxas extras”, orienta Marcelo Oliveira.

Caso o valor do intercâmbio seja elevado ou o estudante seja menor de idade, o ideal é contar com apoio jurídico preventivo antes da assinatura do contrato.

5 – Escolha agências com o Selo Belta

O Selo Belta é hoje o principal indicador de credibilidade e segurança no setor. As agências que o possuem passam por avaliações constantes e seguem um código de ética e qualidade reconhecido internacionalmente. “A Belta não regula o mercado, mas atua como um filtro de confiança. Quem tem o selo passou por um processo rigoroso e cumpre os padrões legais e éticos exigidos”, reforça Alexandre Argenta.

Além disso, a associação monitora reclamações, mantém um canal aberto com estudantes e escolas internacionais e disponibiliza, em seu site, uma lista atualizada de agências credenciadas.

Fechar um intercâmbio exige pesquisa, planejamento e suporte especializado. “O intercâmbio é um investimento financeiro e emocional. Buscar uma agência associada à Belta é garantir que essa experiência seja vivida com tranquilidade e dentro da lei”, conclui Argenta.