5 leituras essenciais para alcançar a nota máxima no vestibular
Alguns livros se tornam verdadeiros pilares na construção de repertório para questões discursivas e redações
Na corrida pela aprovação nos vestibulares, escolher os materiais certos pode fazer toda a diferença. E entre resumos, simulados e videoaulas, há um recurso que segue insubstituível: a leitura de grandes obras literárias.
Alguns livros se tornam verdadeiros pilares na construção de repertório para questões discursivas e redações, e não apenas os que estão na lista obrigatória.

Segundo Bruno Alvarez, diretor da plataforma de ensino e inovações da Geekie, o valor dos clássicos vai muito além da preparação técnica. “Mesmo quando não estão entre as leituras exigidas, esses livros ajudam a desenvolver interpretação de texto, argumentação e análise crítica de temas diversos”, explica. “E para os vestibulares, a leitura dos clássicos é extremamente salutar”, reforça.
Pensando nisso, o especialista indicou cinco obras essenciais para quem busca nota máxima e quer ampliar o repertório com profundidade e estratégia. Confira a seleção e mergulhe na leitura que transforma.
5 leituras essenciais para alcançar a nota máxima no vestibular
1 – “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis
Considerado um marco do realismo brasileiro, o romance apresenta uma narrativa inovadora e repleta de ironia, em que o personagem-título narra sua história após morrer. Para Alvarez, a obra é uma excelente forma de exercitar a interpretação de textos complexos e identificar recursos estilísticos.
“O livro exige atenção aos detalhes, o que ajuda a expandir o vocabulário e o pensamento crítico. Além disso, as reflexões filosóficas presentes na história contribuem para enriquecer o repertório para a redação”, completa. “Ler Machado é ler o Brasil, o que favorece também a compreensão do nosso país na atualidade”.
2 – “Vidas Secas” (1938), de Graciliano Ramos
Clássico que retrata a vida no sertão nordestino, o livro aborda temas como desigualdade social, pobreza e resistência. A linguagem concisa de Graciliano Ramos desafia o leitor a captar significados implícitos e compreender a construção de personagens simbólicos.
“Esse exercício é fundamental para lidar com textos densos e extrair interpretações profundas, competência muito valorizada também pelos vestibulares”, destaca o especialista.
3 – “A Hora da Estrela” (1977), de Clarice Lispector
Com narrativa curta e intensa, a obra explora questões existenciais e sociais por meio da história da protagonista, Macabéa. Alvarez ressalta que o livro é especialmente interessante para desenvolver sensibilidade e capacidade de argumentação.
“Clarice Lispector trabalha com múltiplas camadas de sentido, e compreender essas sutilezas é uma prática que certamente contribui para o desempenho em interpretação de textos complexos”, comenta.
4 – “Capitães da Areia” (1937), de Jorge Amado
Ao retratar a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade nas ruas de Salvador, Jorge Amado oferece um panorama social e histórico que amplia a visão de mundo do estudante.
“O contato com obras que abordam desigualdade, violência e solidariedade também enriquece o repertório sociocultural necessário para sustentar argumentos sólidos, inclusive nos vestibulares”, pontua Bruno.
5 – “O Cortiço” (1890), de Aluísio Azevedo
Um dos maiores representantes do naturalismo brasileiro, o romance mergulha no cotidiano do ambiente-título, explorando determinismos sociais.
Segundo o especialista, esse enredo instiga o leitor a refletir sobre como contexto e ambiente moldam comportamentos. “É o tipo de leitura que estimula uma análise crítica, ajudando a estruturar raciocínios mais complexos para as questões dissertativas”, reforça.