6 em cada 10 médicos formados em SP são reprovados em avaliação

08/02/2017 17:14

Resultado de exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) de 2016 apontou que mais da metade dos médicos formados em SP vão para o mercado de trabalho sem conhecimentos básicos da profissão que envolve os cuidados com o paciente.

Sendo assim, quase seis em cada dez profissionais formados seriam reprovados na avaliação. Sete das nove áreas da prova apresentaram resultados insatisfatórios. As médias mais baixas dos recém-formados foram em saúde pública/epidemiologia (49,1), pediatria (53,3) e obstetrícia (54,7).

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É preciso acertar mais de 60% das 120 questões para ser aprovado. Apenas 43,6% dos 1.166 participantes atingiram a pontuação exigida.

O exame mostrou que 80% deles não souberam interpretar uma radiografia e erraram o tratamento de paciente com idade avançada. E mais: 71% não acertaram o diagnóstico e tratamento para hipoglicemia de recém-nascido, problema comum nos bebês.

Segundo os dados, o índice de reprovação de 2016 (56,4%) cresceu se comparado à prova do Cremesp em 2015 (48,1%). No entanto, a média de avaliação se mantém com os anos, com um pico em 2008, quando a reprovação chegou a 61,0%.

Universidades públicas X privadas

As escolas médicas privadas apresentaram pior desempenho em relação às públicas, com 33,7% contra 62,2% de aprovação, respectivamente. Vale lembrar que o exame não é obrigatório para que médicos possam exercer a profissão.

Instituições como USP, Unicamp, Unifesp e Santa Casa começaram a exigir essa avaliação a partir do ano passado para entrar em programas de residência médica. Confira mais informações na Folha de S.Paulo.