A década das novas profissões

A década do Facebook, do Twitter, das discussões sobre propriedade intelectual, sobre desenvolvimento sustentável e questões ambientais chega ao fim. E além de debates que pretendem mudar o caminho do planeta, esses dez anos também deixaram para trás uma gama de novas profissões.

O conceito “crie seu próprio emprego” foi aperfeiçoado e quem saiu na frente foi a cultura. A profissão de Produtor Cultural Independente ganhou espaço com a automação dos produtos culturais. O uso da Internet com a facilidade na comunicação abriu espaço para artistas criarem galerias, estúdios e museus pessoais. As faculdades então se preocuparam em criar o curso de Produção Musical. O curso  tem ênfase na prática musical, por meio da vivência instrumental e vocal e análise da história da música popular.

Divulgação
A profissão de produtor musical absorve qualquer profissional interessado por música

Na comunicação as redes sociais ganharam seu espaço. Bruno Tozzini, responsável pela equipe de social media da agência Dm9 também acredita que esta área é multidisciplinar. “Como é uma área nova e cheia de oportunidades dentro do mercado publicitário, hoje você vê por ai todo tipo de profissional tentando surfar nesta onda”, comenta Bruno que salienta a importância da Internet dentro da publicidade “existe muita coisa para fazer e muito dinheiro para ganhar”.

Divulgação
Bruno trabalha com uma equipe de jornalistas, blogueiro e publicitários

O setor cresce tanto que o jornal New York Times decidiu que toda a redação deveria ser responsável pelo conteúdo online da publicação, outro ponto positivo de acordo com Bruno, “assim como ainda existem milhares de diretores de arte e redatores que não sabem pra que serve a internet, ainda existem milhares de editores e jornalistas que não sabem o que são “midias sociais”. O New York Times provou que já esta na frente dos outros”.

Os cursos de jornalismo e publicidade então passaram a atender a essa demanda e mudaram as grades curriculares adicionando disciplinas que mostrassem aos alunos como fazer campanhas convergentes, com conteúdo e que ainda mostrassem resultados.

Para suportar tanto conteúdo, entram em cena os designers de jogos. A profissão atraiu jovens que queriam passar para o outro lado da tela. Devido a falta de profissionais gabaritados, o cargo oferece bons salários para quem se dedicar a criar jogos para videogame ou computador. O curso é novo no Brasil, mas já desponta como um dos mais promissores.