Amigos criam faixa sincerona em formatura de direito e viralizam
O estudante David Sousa Oliveira, de 22 anos, se formou em direito na Universidade do Tocantins (Unitins) e o que ele não esperava era receber uma faixa sincerona dos amigos durante o evento na última quinta-feira, 25.
“Parabéns, David! Mas lembre-se: doutor é quem tem doutorado!”, estava escrito no cartaz. Em entrevista ao G1, o jovem disse que levou tudo na brincadeira e se sentiu incentivado, pois pretende seguir a carreira acadêmica.
“Não faço questão [de ser chamado de doutor], acho que o fato de você chamar alguém de doutor afasta um pouco as pessoas. Prefiro que me chame pelo nome. Porque sou igual a todo mundo. Nem se tiver doutorado vou fazer questão”, respondeu ao site.
David já foi aprovado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) antes mesmo de terminar o curso. Ainda segundo o G1, o recém-formado conquistou uma decisão judicial inédita no Tocantins, em que ajudou um amigo trans a alterar o nome de registro civil (feminino) para o social (masculino).
“Quando fui escolher o curso, escolhi meio com medo porque a gente não sabe direito o que quer da vida. A gente dá um tiro do escuro, mas no meio do curso vi que não me vejo fazendo outra coisa. E como a minha intenção é trabalhar com pessoas eu quero mantê-las perto e não longe, por isso não faço questão de ser chamado de doutor”, ressaltou.
Mas pode ou não chamar advogado de doutor?
Os primeiros cursos superiores no Brasil foram medicina, criado em 1808, e direito, de 1827. A partir disso, surgiu uma cultura de chamar os advogados de doutores. Até um decreto foi criado, porém, nunca foi revogado oficialmente. Muito advogados não se importam com o título. Leia a matéria completa do G1.