Brasileiro ganha “Oscar da Pesquisa” nos EUA

arquivo pessoal
Paulo Blikstein é o primeiro brasileiro a ganhar o “Early Career Award”

Paulo Blikstein, brasileiro e professor de uma das mais prestigiadas universidades americanas, a Stanford University, acaba de ganhar um dos mais importantes prêmios do governo americano para jovens professores que buscam excelência acadêmica, o “Early Career Award” da National Science Foundation (NSF).

Com 39 anos, esse engenheiro formado pela Escola Politécnica da USP é a mais nova aposta do governo dos Estados Unidos nos próximos líderes do mundo da pesquisa. Esse reconhecimento lhe permitirá pesquisar por cinco anos uma nova forma de se ensinar conteúdos avançados em ciências no ensino fundamental e médio, por meio de seu mais ambicioso projeto – Modelamento Bifocal.

O projeto trata-se de um sistema que combina, em uma única plataforma, experimentos científicos de laboratório com a construção de modelos computacionais, em tempo real. Esse sistema tem chamado a atenção de diversas universidades americanas, e quatro das mais importantes do país vão começar a aplicar protótipos iniciais do sistema em escolas americanas já em setembro de 2011. Como incentivo, Blikstein receberá 600 mil dólares para seu projeto.

Paulo Blikstein e Paulo Freire

“Vim para cá começar uma nova etapa no sonho de mudar a educação no Brasil. Em Stanford, estou criando as bases para ajudar a reinventar a educação brasileira, recuperando o que importantes educadores do mundo todo, inclusive nosso Paulo Freire, vêm dizendo há décadas. Precisamos de um sistema educacional que respeite e estimule o interesse e a criatividade dos alunos, que crie uma geração de milhões de jovens empreendedores que acreditem na qualidade de suas ideias, um “exército da inovação”, que gere tecnologias e teorias científicas que tenham um impacto real no mundo – não apenas depois da escola, mas durante ela. Não podemos mais dizer para os nossos jovens que eles têm que esperar 30 anos para ter ideias. Meu projeto para o “Early Career Award” é justamente nesse sentido, de permitir que as crianças façam ciência de verdade, não de faz de conta”, preconiza Blikstein.

Por Redação