Conhecimento é a nova moeda de troca da economia compartilhada

Aplicativos que compartilham caronas, cômodos de casa e todo o tipo de serviço têm se multiplicado e ampliado a rede da economia colaborativa no Brasil e no mundo. Nesta onda, também surgem cada vez mais plataformas que incentivam outro tipo de troca: o conhecimento.

Em plataformas estruturadas para o aprendizado on-line, qualquer pessoa com um dispositivo móvel e conexão com a internet pode tomar a iniciativa de compartilhar suas habilidades, especialidades e conhecimento com outras, ajudando-as a buscar uma vida melhor ao adquirir mais conhecimento para alcançar suas metas. O YouTube mesmo é um bom exemplo. Vários professores estão por lá transmitindo seus conhecimentos.

No Brasil, a Udemy, plataforma de ensino on-line, também tem embarcado nessa onda, com uma comunidade crescente de instrutores, ministrando mais de 600 cursos gratuitos e pagos sobre assuntos que vão desde a criação de um site até o aperfeiçoamento de habilidades em fotografia.  Nesse novo modelo, as pessoas podem – inclusive – lucrar vendendo seu próprio conhecimento em aulas curtas e sem se preocupar com logística e custos adicionais. Como o conteúdo pode ser replicado e compartilhado inúmeras vezes, o lucro se torna o maior atrativo desse modelo econômico.

Em tempos de recessão, quando é mais difícil diferenciar-se no mercado e conseguir um emprego tradicional, as pessoas podem começar sua própria carreira como instrutores, ensinando o que sabem fazer de melhor, mesmo sem ter experiência como professor, por exemplo. Instrutores, como Guto Thomas, que tem mais de 3.500 alunos matriculados, estão ganhando uma renda extra e expandindo suas marcas pessoais ao lecionar na plataforma.