Em BH e SP: praticantes de bike polo ocupam praças e parques
Em BH e SP: praticantes de bike polo ocupam praças, ruas e parques da cidade
Uma bicicleta, um taco e boa coordenação motora são quase tudo que se precisa para praticar bike polo. Na versão tradicional do esporte, os atletas jogam montados a cavalo. No bike polo, os animais dão lugar à bicicleta. Encontrar um espaço para treinar não é tarefa fácil, por isso os jogadores percorrem as cidades em busca de espaços que comportem a prática do esporte.
“Essa é uma modalidade esportiva muito urbana, estou sempre de olho em ambientes lisos e planos, ruas, vielas e becos, onde seja possível praticá-la”, explica Pedro Toast, que pratica o esporte há dois anos, quando o primeiro grupo foi criado em Belo Horizonte.
Inicialmente, na cidade , era difícil formar dois times para uma partida – cada um deve ter três jogadores. Hoje, o mínimo de participação nos treinos semanais, às quartas e domingos, é de 15 participantes, podendo chegar a 20. “Há sempre gente de fora esperando para treinar”, comemora Pedro. Ele faz questão de dizer que todos os iniciantes são bem-vindos, basta aparecer no local e horário dos treinos, com uma bicicleta. Eles oferecem tacos para quem quiser jogar!.
O grupo se reúne em uma quadra na Avenida Teresa Cristina, próxima à Rua Monte Branco, no Bairro Salgado Filho. Antes disso, era comum treinar na Praça da Estação, no Centro da cidade, onde o piso não era liso o suficiente, e a Praça JK, na região Sul, que era um ótimo lugar, mas há quatro meses deixou de ter a iluminação adequada, depois que algumas lâmpadas queimaram e não foram trocadas pela prefeitura.
Durante a Virada Cultural mineira, a Avenida dos Andradas, também na região central, foi ocupada pelos esportistas. “Ver um dos corredores mais importantes de BH fechados para o bike polo mostra que há espaço para a gente e que é preciso continuar superando os problemas”, afirma Pedro, que pretende inscrever o grupo num edital municipal, com o objetivo de conseguir uma sede para os treinos.
No parque
Em São Paulo (SP), de onde o esporte se difundiu para o restante do Brasil em 2009, a busca por um espaço está praticamente resolvida. No Parque Ibirapuera, há três anos, os praticantes de bike polo têm prioridade em uma das quadras. Se os praticantes de hóquei, futebol ou crossfit estiverem na área, eles desocupam o espaço para dar lugar às bicicletas. “Não temos uma carta oficial, mas foi algo negociado e o pessoal respeita porque entendeu que precisamos treinar, já que queremos competir em torneios internacionais”, explica um dos fundadores do grupo, o fotógrafo Gabriel Rodrigues, de 33 anos, conhecido como Gargamel.
Os paulistas são os principais representantes brasileiros em competições no exterior. Neste ano, com o time Underdogs Bike Polo Team, eles ficaram em segundo lugar no campeonato latinoamericano, realizado, em outubro, em Bogotá, na Colômbia. A melhor colocação foi há dois anos, com o primeiro lugar conquistado no sul-americano, realizado em Buenos Aires, na Argentina.
Cerca de 15 atletas se dedicam ao esporte, em SP, três vezes por semana –às terças, quintas e domingos. Entre eles, também, os novatos são bem-vindos. “Queremos disseminar o esporte e, sem novos adeptos, isso é impossível”, explica Gargamel. Apesar de parecer uma missão quase impossível dominar o taco e se movimentar ao mesmo tempo sobre duas rodas, ele assegura que, com persistência, todo mundo pode se tornar praticante de bike polo. Quem quiser tentar pode se programar com as informações da página do Underdogs Bike Polo Team e do Bike Polo BH.
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