Em Minas: com visitação gratuita, planetários ajudam a aprender sobre o sistema solar

Ferramentas instigam estudantes a viver a ciência de forma prática e em diálogo com o cotidiano

Por: Catraca Livre
Num espaço inflável, simula-se uma viagem ao espaço

Aprender sobre a Lua, o Sol, planetas, galáxias, cometas e estrelas em praças, parques ou mesmo dentro de shoppings. Essa é a proposta do planetário do Sesc, presente em Minas Gerais, desde 2011. Duas unidades  do planetário circulam simultaneamente: uma vai pela Grande Belo Horizonte, enquanto outra cumpre um itinerário pelo interior do Estado. Embora o público-alvo principal seja de estudantes, o planetário recebe pessoas com diferentes faixas etárias. “Adultos também ficam maravilhados quando entram nos simuladores que ajudam a entender, por exemplo, por que as estações do ano se sucedem”, conta Giselle Schrier da Silva, coordenadora de educação complementar da instituição. Ao todo,mais de 200 mil visitantes já viveram a experiência, segundo ela. Cada unidade é dividida em três partes — cúpula, stellarium e oficinas pedagógicas — , que ajudam a perceber como a ciência está presente no nosso dia a dia.  A cúpula é uma estrutura inflável de simulação espacial, na qual é possível ver um entardecer até a aparição das primeiras estrelas. O stellarium, por sua vez, é um software que permite observar, na tela do computador, estrelas e constelações. Já nas oficinas pedagógicas, com o apoio de monitores, as crianças participam de jogos que ajudam a assimilar o que foi observado nas outras duas etapas. Em cada localidade onde é instalado, o planetário permanece por um tempo médio de 40 dias, sempre gratuitamente. Leia + Física: a ciência que explica o universo não pode ser chata

Oficinas pedagógicas complementam o passeio

A atividade é também uma boa iniciativa para apoiar os professores, já que faz uso de ferramentas que podem instigar os estudantes a viver a ciência de forma prática e em diálogo com o cotidiano. Patrícia Andrade Bonfim, professora da Escola Estadual Antônio Canela, em Montes Claros (MG), confirma que os alunos ficaram mais curiosos pela astronomia. “Desenvolvi atividades em que os meninos relataram a experiência oralmente e por escrito. Eles entenderam, de forma lúdica, conceitos  antes um pouco vagos”, conta ela que dá aula para alunos dos ensinos médio e fundamental. “Até a duração do dia e da noite ou das estações do ano ficou mais fácil de compreender.” Nos dias úteis, os alunos da rede pública têm preferência para visitar o projeto. Aos fins de semana, a visitação é liberada. Para acompanhar a agenda das cidades que serão visitadas pelo projeto, fique de olho na página da instituição no  Facebook.