Escola transforma espaços públicos com ações coletivas em SP
Estudar e conseguir mudar o seu entorno através de ações sociais. Isso é o que fazem alunos da EMEF Assad Abdala, no Jardim Maringá, em Aricanduva, zona leste de São Paulo. Através da iniciativa de um grupo de estudantes do nono ano – que logo se estendeu para outros alunos, bem como professores e coordenadores – a comunidade escolar passou a agir em espaços públicos na região para mudar o que todos gostariam de ver diferente.
O projeto “Para além dos muros da escola: intervindo no Jardim Maringá” tem a intenção de mudar aquilo que incomoda os alunos no bairro, algo no caminho entre a casa e a escola. Com isso, os estudantes deram um passo em direção ao seu território e, através de ações coletivas e aprendizado, passaram a transformar espaços públicos, com uma praça do bairro, um clube, uma escada ou um centro comunitário.
Em entrevista para o Cidades Educadoras, a professora de língua portuguesa da escola, Claudia Acorinte da Costa, diz que o projeto se deve diretamente à instauração dos Trabalhos Colaborativos Autorais (TCAs) – implementados na escola desde 2014, com a adesão ao programa Mais Educação São Paulo.
- Faculdade Santa Casa de SP oferece 417 bolsas para quatro cursos
- Sabina recebe exposição interativa que alerta sobre os riscos do uso da internet
- Pokémon será o tema do Natal no Shopping Cidade São Paulo
- USP abre vagas para 45 cursos gratuitos; saiba como se inscrever
Segundo ela, que é uma das responsáveis por coordenar o projeto, após entender a necessidade de os estudantes agirem juntamente ao seu território para mudar aquilo que os incomodava, a comunidade escolar foi para as ruas e praças do bairro para requalificar os espaços.
Claudia conta que os alunos, divididos em comissões, aplicavam saberes escolares para compreender e transformar os espaços. De acordo com a professora, a matemática foi aplicada para pensar nas mudanças estruturais, o português nas entrevistas com moradores da região e, outras frentes dos projetos (como comunicação e arquitetura e urbanismo) foram instrumentais para pensar e divulgar as ações. “A aprendizagem fica muito mais rica quando é aplicada. Hoje a gente não tem dúvida de que eles crescem muito mais assim”, diz.
Para a professora, o protagonismo estudantil foi algo forte visto nos jovens da escola. A ideia de que se deve participar de suas realidades mudou a relação dos estudantes com o bairro e com a educação.
O projeto – que foi um dos 11 escolhidos entre um total de 1.014 enviados para o Desafio Criativos da Escola de 2016 – teve também o apoio dos programas Mais Educação, Mais Educação São Paulo e São Paulo Integral.
Em entrevista para Cidades Educadoras, Gabriel Salgado, o assessor do projeto Criativos da Escola, do Instituto Alana, acredita que o projeto tem como grande potência a sua inserção no território. “Ele mostra como a ação direta dos estudantes – com apoio dos professores – é capaz de transformar uma comunidade, ao mesmo tempo em que traz um ganho para a qualidade da educação”, explica.
Veja mais:
- Escola quer ter nome de escritora negra símbolo contra racismo
- Programa apresenta Saci e folclore brasileiro a crianças
- Saiba por que escolas públicas do Ceará são as melhores do país
Com informações de Cidades Educadoras.