Especialistas internacionais debatem clusters criativos na FecomercioSP

Profissionais da Inglaterra, Argentina, Canadá, Espanha, Dinamarca, Holanda e França se reunirão em São Paulo, nos dias 27 e 28 deste mês, para o Seminário Internacional de Clusters Criativos. O encontro será realizado no Teatro Raul Cortez e é organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pelo Sesc-SP, com tradução simultânea para português. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site da FecomercioSP. As vagas são limitadas.

Os especialistas internacionais vêm ao Brasil contar como clusters criativos – concentrações geográficas de empresas do setor criativo, como tecnologia, design, arquitetura, moda, literatura, gastronomia, artes visuais, entre outras – estão provocando mudanças positivas, tanto econômicas quanto sociais, em cidades que decidiram apostar nessa tendência.

A abertura do evento acontece na noite da quinta 27, com palestra do especialista britânico em desenvolvimento cultural e diretor da Creative Clusters Conference and Network, Simon Evans.

Já na sexta, 28, na parte da manhã, serão apresentadas as experiências das cidades de Buenos Aires (Argentina), Montreal (Canadá) e Granollers (Espanha). Para o período da tarde estão reservadas as exposições sobre o desenvolvimento de clusters criativos nos países nórdicos e em Eindhoven (Holanda). O professor de economia da Universidade Sorbonne, de Paris, Xavier Greffe, fecha o evento com palestra sobre o impacto dos clusters e as formas para apurar os efeitos por eles gerados.

A moderação dos debates está a cargo do doutor em Estruturas Ambientais Urbanas pela USP e vereador de São Paulo, Nabil Bonduki, e pelo ex-secretário de Cultura da cidade e professor do departamento de Cinema, Televisão e Rádio da Escola de Comunicações e Artes da USP, Carlos Augusto Calil.

Confira a lista de palestras

Quinta, 27

– Simon Evans (Inglaterra), diretor da Creative Clusters Conference and Network, apresentará o conceito de cluster criativo, os benefícios para as comunidades e seu poder de regeneração de espaços urbanos. Ele também abordará as vantagens da união das empresas em uma mesma localidade e estratégias de fomento governamental.

Sexta, 28, manhã

– Enrique Avogrado (Argentina), diretor de Indústrias Criativas e Comércio Exterior de Buenos Aires e diretor do Centro Metropolitano de Design da cidade, vai falar como foram pensados os distritos criativos da capital argentina, sua gestão e lições aprendidas com parcerias público-privadas.

-Caroline Dubuc (Canadá), curadora de design do escritório de design de Montreal, detalhará as iniciativas de integração de profissionais de arquitetura e design no desenvolvimento de projetos que melhoraram o ambiente urbano da cidade e a qualidade de vida da população.

– Maria Teresa Llobet (Espanha), coordenadora do Roca Umbert Fàbrica de Les Arts, vai explicar a aposta da cidade de Granollers, município próximo a Barcelona, na indústria criativa a partir do projeto Fábrica de Les Arts, antiga fábrica transformada em centro cultural.

– Rasmus Wiinstedt Tscherning (Dinamarca), diretor do Centro para a Cultura e Experiência da Dinamarca, contará como os países nórdicos estão se desenvolvendo e ampliando emprego com o sucesso da indústria criativa, analisando políticas nos níveis regional, nacional e de União Europeia.

Sexta, 28, tarde

– Anne Mieke Eggenkamp (Holanda), ex-diretora da Academia de Design de Eindhoven, falará sobre a região de Brainport, reduto de pesquisa e criação tecnológica local voltado para o desenvolvimento de inovações em sistemas, materiais de alta tecnologia, alimentos, indústria automotiva, saúde e design. O ambiente favorece um ecossistema de inovação que permite às boas ideias encontrarem caminho para ir ao mercado mundial.

– Xavier Greffe (França), professor de Economia da Universidade Sorbonne, falará sobre os impactos dos clusters e as formas de apurar os efeitos econômicos e sociais por eles gerados. A mensuração se torna importante para mostrar a sinergia gerada pelos clusters e os benefícios da concorrência entre as empresas.