Festival no Rio dissemina a cultura do skate

Skatistas praticam, mais que um esporte, um estilo de vida

Oficina trimestral é a aberta a meninos de 7 a 12 anos

“Mais do que um esporte, o skate é um estilo de vida, uma cultura.” É nisso que acredita o empreendedor social Charles Silva, que há 11 anos criou o Coletivo Briza, no Rio de Janeiro, para disseminar essa cultura pela capital fluminense. A cada três meses, o Briza oferece 15 vagas para estudantes entre 7 e 12 anos aprenderem as primeiras manobras sobre a prancha. “Ensinamos uma forma de se locomover pela cidade sem poluí-la, a gastar a energia e fugir do sedentarismo, a superar os próprios limites, treinando”, explica ele.

No último sábado (13), o coletivo realizou o Festival Briza Skate, no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) de Irajá, entre uma e cinco horas da tarde. Durante o evento, no “Brizolão”, como a escola é conhecida, houve a formatura da mais recente turma de skatistas iniciantes e inscrições para fazer parte das próximas oficinas.

Além disso, adultos e crianças ligados à Briza e a outras instituições que dialogam com o  ensino do skate participaram de uma gincana solidária, com atividades como slackline, grafite e, claro, skate. Aproximadamente 100 quilos de alimentos não perecíveis foram arrecadados e doados à comunidade Para-Pedro, vizinha do local do evento, que reuniu mais de 200 pessoas.

Uma lição importante do skate é a superação dos próprios limites

O festival foi organizado com o auxílio de professores da rede pública de ensino, oficineiros e instrutores de escolas particulares de skate, que frequentaram workshops e palestras  da cultura e prática do skate, oferecidos pelo Briza durante três dias do mês de agosto. No sábado , eles colocara  em prática os ensinamentos. “Durante as aulas, os educadores também quiseram dar uma volta de skate, então, demos a eles essa oportunidade. Agora, acho que eles querem mais”, conta Charles, divertindo-se. E garante: “Não existe idade-limite para aprender”.