Google anuncia 500 mil bolsas de estudo para jovens

Do total, 2 mil serão destinadas a pessoas trans; confira mais detalhes das bolsas

22/06/2022 10:46 / Atualizado em 24/06/2022 13:37

O Google anunciou que vai distribuir 500 mil bolsas de estudo para a formação de jovens brasileiros em “áreas de atuação altamente demandadas pelo mercado de trabalho” até 2026.

As bolsas de estudo do Google serão para a formação de profissionais em suporte de Tecnologia da Informação (TI), análise de dados, gerenciamento de projetos e design UX (User Experience ou experiência do usuário).

Google anuncia 500 mil bolsas de estudo para jovens
Google anuncia 500 mil bolsas de estudo para jovens - Alena Kravchenko/iStock

Jovens fora da escola

Em nota, a Google informou que os jovens que não estão estudando no momento também poderão disputar as bolsas. “O processo de inscrição e seleção ocorrerá através do aplicativo do CIEE ONE (plataforma 100% gratuita), e os escolhidos serão acompanhados por uma monitoria exclusiva, que os auxiliará a concluir as certificações”, explicou a empresa.

Todos os cursos foram criados pelo Google e estão hospedados na plataforma de educação da Coursera. “São cerca de 800 horas de aulas, considerando as quatro titulações juntas, com certificação, visando o preparo dos estudantes para ingresso em postos de trabalho no campo em constante crescimento profissional da tecnologia”, acentuou.

O Google vai destinar duas mil dessas bolsas a pessoas que se autodeclaram transexuais
O Google vai destinar duas mil dessas bolsas a pessoas que se autodeclaram transexuais - iStock

Empregabilidade trans

Entre as bolsas de estudos disponibilizadas pelo Google, 2 mil serão destinadas a pessoas que se declaram transexuais. A expectativa é de que a medida favoreça a inclusão social deste grupo no mercado de trabalho.

Na avaliação do Google, o Brasil tem “aprendido muito com a inserção de pessoas trans nos espaços de mídia e cultura popular”. A empresa utiliza, como exemplo dos avanços observados no país, o respeito aos pronomes e o direito de retificação de nome.

“Temos muito a melhorar, mas, ao menos, alguma evolução já é percebida”, pondera a empresa ao afirmar que, no que se refere a mercado de trabalho, não se observa progressão na mesma velocidade.

“Estima-se que 90% da população trans no Brasil têm o mercado informal como fonte de renda e única possibilidade de subsistência. São milhões de pessoas que vivem uma condição de vulnerabilidade extrema devido à falta de uma oportunidade de emprego”, finaliza a nota.

Com informações da Agência Brasil