Instituto de Desenvolvimento Waldorf promove palestra gratuita sobre educação e saúde

Por: Catraca Livre

Palestra tem entrada Catraca Livre[/img]

Nesse encontro queremos conversar e refletir com professores e pais sobre a crescente medicalização dos alunos nas escolas, suas indicações e seus exageros serão foco de nossas discussões.

Se retomarmos a história da educação, seja ela no Brasil, no restante da América ou na Europa, encontraremos, desde, pelo menos o século XIX, uma constante presença de médicos no estabelecimento, organização e fundamentação de diferentes escolas. Fossem elas para abrigar crianças abandonadas, tratar jovens desajustados ou mesmo sofisticar eminentes filhos da aristocracia, as escolas modernas sempre tiveram o cuidado e o atendimento terapêutico como um de seus fundamentos.

No entanto, a contemporaneidade nos choca com uma variante bastante perversa do olhar médico dirigido à escola, trata-se da crescente remediação da vida. No presente no deparamos com perguntas do tipo: jovens agitados ou organismos ávidos por metilfenidato? Crianças tristes ou corpos necessitados de Fluoxetina? Indivíduos ansiosos ou dependentes de Clonazepam? Pessoas instáveis ou carentes de lítio? Enfim, vemos, progressivamente o sofrimento humano ser formulado como uma condição tratável por medicamentos e isso nos preocupa.

O colóquio colocará essas e muitas outras questões relacionadas à vida e à contenção da existência na escola, bem como às infinitas possibilidades que se pode projetar quando se reconhece que soluções simples sempre encobrem danos maiores, particularmente quando se tratam de processos escolares.