Mito de Antígona é tema de encontros na Biblioteca Alceu Amoroso Lima
Um dos mais antigos projetos da Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, os encontros sobre mitologia grega abordam, de 3 a 31 de julho, o mito de Antígona. Baseando-se na tragédia de Sófocles, as sessões são comandadas pela psicóloga e psicoterapeuta clínica Wládia Beatriz, e acontecem sempre às quintas, das 15h às 16h30. A entrada é Catraca Livre.
As reuniões não têm uma característica sequencial, funcionando cada uma delas como uma unidade autônoma. O foco dos encontros não é fazer uma análise histórica ou literária, e sim estabelecer um exercício de metáforas, discutindo em grupo como os conflitos da personagem, criada há quase 2.500 anos, estão relacionados com as nossas questões atuais.
Antígona era filha do rei Édipo, nobre que sem saber matou o pai, casou-se com a mãe, com quem teve quatro filhos, e, ao descobrir a verdade, cegou-se; enquanto sua mulher Jocasta se matou. Logo, a personagem viu-se diante do seguinte conflito: seus dois irmãos, Etéocles e Polinice, decidiram se revezar no governo de Tebas, mas, depois do prazo previsto, Etéocles se recusou a passar o poder para Polinice, que, revoltado, reuniu um exército para lutar contra o irmão.
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Na batalha, os dois morreram e o tio, Creonte, que assumiu o poder, ordenou que Etéocles fosse enterrado com honras enquanto o outro deveria ser deixado ao léu (fato que, segundo as crenças da época, impediria que sua alma descansasse). O que Antígona deveria fazer? Enterrar o irmão e ser condenada à morte ou obedecer ao tirano, contrariando sua vontade pessoal? Essas questões prometem render uma boa discussão.