Os estádios da Copa 2014 vão se transformar em elefantes brancos?

Arena Pantanal, em Cuiabá.

Uma das maiores críticas às obras da Copa do Mundo de 2014 se refere a estádios construídos em lugares onde o futebol não tem um grande público.

Como as arenas são enormes e modernas, o custo para manutenção é muito alto e, se a renda obtida com esses espaços depois da Copa não for suficiente para pagar as despesas, corre-se o risco de perder dinheiro.

Isso já aconteceu em outros lugares. Portugal, por exemplo, sediou a Eurocopa em 2004 e agora, quase dez anos depois, estuda demolir alguns estádios porque eles estão dando prejuízo para as prefeituras. Leia a reportagem do Estadão sobre o tema: Portugal projeta demolição de estádios ociosos.

Também vale dar uma olhada nesse levantamento da Placar, sobre outros estádios ao redor do mundo que tiveram o mesmo destino: Síndrome de elefante branco: estádios que caíram no ostracismo.

Aqui no Brasil, especialistas apontam que quatro cidades-sede podem enfrentar o mesmo problema no futuro: Brasília (DF), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Natal (RN). Reportagem da Rádio CBN, de 2012, já apontava o problema: Quatro sedes da Copa do Mundo de 2014 têm estaduais deficitários.

O governo nega que isso vá acontecer. Em entrevista concedida em março, o ministro do Esporte Aldo Rebelo afirmou que as arenas não ficarão ociosas porque são “multiuso” e podem abrigar, além de partidas de futebol, eventos, shows e outras atividades. Confira: Aldo nega que estádios serão elefantes brancos: “Conversa fiada”.

Outro ponto importante é se há dinheiro público nessas obras ou apenas investimentos privados, de empresas que vão explorá-los comercialmente. Confira os dados levantados pela Ong Contas Abertas: O drama dos elefantes brancos da Copa.