Professora lança livro para contar como ser ‘guerrilheira’ do giz escolar

Para um leitor desavisado, o “Diário de uma professora feliz” pode parecer um texto ficcional. Afinal, quem pode imaginar que Roberto Carlos alguma vez tenha atrapalhado alguma prova de português, ou que uma professora pode ter sido guerrilheira de giz escolar? Ou até mesmo que uma professora foi criticada por uma colega porque desenvolvia um projeto de teatro na Escola Caetano Belloni (São João de Meriti) e “trabalhava de graça” para o Estado?

Entretanto, o diário é real e reúne textos publicados ao longo da trajetória de professora Ynah de Souza Nascimento, uma carioca que foi morar em Recife e lá ficou como professora de língua portuguesa do Colégio de Aplicação da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

O leitor poderá conhecer os bastidores do concurso público de seleção em 1984, que Ynah fez com sua filha recém-nascida e prematura – Rachel – no bebê-conforto, encarando mais de 30 candidatos e ficando com a única vaga disponível. Poderá acompanhar situações vividas ao longo dos 19 anos em que a docente atuou em sala de aula, em orientação de estagiários e cursos de formação continuada de professores.

O livro retrata uma professora guerrilheira do giz escolar
Créditos: Reprodução
O livro retrata uma professora guerrilheira do giz escolar

Sem falar na grande aventura acadêmica que Ynah viveu na sua pesquisa para o Mestrado em Língua Portuguesa na UFPB (Universidade Federal da Paraíba): Escrita escolar e processador de textos. Por que aventura? Imagine alguém em 1998/1999, em época anterior à chegada do Windows e da Internet, pesquisando sobre o uso do processador de textos nas aulas de redação.

Mas, as experiências arrojadas não se encerraram com a aposentadoria. Depois dela, Ynah resolveu concretizar outros sonhos. O primeiro deles foi fazer parte da equipe de produção de conteúdo de uma coleção de livros didáticos de língua portuguesa (“Pensar e Viver”, Ed. Ática). O segundo, ser aluna especial na Unicamp, almoçar de “bandejão”, e morar em um quarto-banheiro de uma pousada em Barão Geraldo. Experiências que geraram textos do livro como “Ambulo, ergo sum”.

Nos últimos textos do “Diário de uma professora feliz”, o leitor vai encontrar a professora vivendo intensamente a experiência de ser avó do Bernardo e voltar ao mundo acadêmico como Doutoranda de Educação da UFPE.
Gostou? Leia no kindle ou compre o livro.