Programa oferece bolsas de estudo no exterior para mulheres
Serão ofertadas 45 bolsas de doutorado e pós-doutorado para para mulheres pretas, quilombolas, indígenas e ciganas
O Ministério da Igualdade Racial lançou um programa de bolsas de estudos para mulheres pretas, quilombolas, indígenas e ciganas que queiram fazer doutorado sanduíche (parte no exterior e parte no Brasil).
Ao todo, o governo vai ofertar 45 bolsas a um custo de R$ 8 milhões. Com o lançamento, o Ministério quer aumentar a diversidade e proporcionar excelência e inovação para pessoas com diferentes identidades e experiências.
Batizada de “Atlâncias: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência”, a iniciativa é uma homenagem à historiadora Beatriz Nascimento.
Regras para as bolsas de estudo no exterior
Para concorrer a iniciativa do governo de bolsas de estudo no exterior, as mulheres precisam estar matriculadas em algum curso de doutorado que seja reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes), ou terem concluído programa de pós-graduação pela autarquia, em qualquer área de conhecimento.
Para aqueles que pleiteiam o doutorado, ele será na modalidade sanduíche, cursando parte no Brasil e parte fora do país. A expectativa é que o edital seja anunciado nos próximos meses.
Desigualdade entre pesquisadoras brancas e pretas
O programa se baseia principalmente em dados, que mostram a discrepância entre pesquisadoras brancas e pretas.
Segundo o Ministério da Igualdade Racial, menos de 5% das bolsas de doutorado no exterior são recebidas por mulheres pretas, enquanto as brancas têm 30%.
No pós-doutorado, 12% são pretas e 38% brancas. Atualmente não há nenhum indígena como bolsista do CNPq para doutorados sanduíches.