5 dicas para as provas discursivas da Fuvest e da Unicamp
As provas discursivas da Unicamp ocorrem dia 1 e 2 de dezembro e a Fuvest nos dias 17 e 18 de dezembro
As provas discursivas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que dá acesso à USP, representam um grande desafio para muitos candidatos, especialmente porque exige não apenas conhecimento, mas também habilidades de redação e argumentação.
Na Unicamp, os candidatos vão responder perguntas de português, inglês, ciências da natureza, matemática e ciências humanas, além de uma prova de conhecimentos específicos.
- Brasil é eleito melhor destino de cruzeiros da América Latina
- Sucos detox: o guia completo para desintoxicar e energizar seu corpo
- Trem para Guarulhos: um guia completo e super simples para chegar ao aeroporto gastando menos
- 4 destinos com praias de água doce no interior de SP
Já na Fuvest, a segunda fase é composta de duas provas dissertativas, cada uma valendo 100 pontos. Na primeira prova, as questões de português e a redação valem, cada, 50 pontos. Cada questão pode receber pontuação de zero a cinco –o total dos pontos será convertido para a base decimal, assim como na primeira fase.
Para ajudar os vestibulandos a se destacarem, o professor Michel Arthaud, da plataforma Professor Ferretto, compartilha dicas valiosas para ter um bom desempenho nas provas, que nesta segunda fase apresentam questões discursivas.
5 dicas para as provas discursivas da Fuvest e da Unicamp
1 – Preste atenção ao enunciado: a interpretação é fundamental
A leitura atenta do enunciado é a primeira e mais importante etapa para uma boa resposta. “Muitos candidatos erram logo ao não compreender a questão”, alerta o Professor Michel. Ele enfatiza que é crucial entender exatamente o que está sendo pedido. “Leia com calma, sublinhe palavras-chave e identifique os elementos principais da questão. Isso garante que sua resposta esteja totalmente alinhada ao que o corretor espera”, explica Michel.
Além disso, o professor recomenda que, ao responder, o candidato evite adicionar informações desnecessárias que não estão relacionadas ao enunciado. Isso ajuda a evitar desvios de foco e aumenta a clareza.
2 – Seja direto e objetivo: clareza é essencial
Quando o tempo é limitado, como nas provas discursivas, a clareza e objetividade se tornam diferenciais. “O corretor tem que corrigir muitas provas e não há tempo para rodeios. Ser direto ao ponto mostra que você domina o conteúdo e facilita o trabalho de quem está corrigindo”, afirma Michel. Para isso, o candidato evite frases longas e complexas. “Em vez de elaborar uma explicação extensa, procure ser o mais claro e preciso possível.”
O professor também recomenda que, ao introduzir um conceito, você já mostre como ele se aplica à questão. “Inicie com a ideia central e depois desenvolva-a de maneira lógica. Respostas objetivas e concisas têm mais chances de serem bem avaliadas.”
3 – Organize seu texto: introdução, desenvolvimento e conclusão
O formato clássico de estruturação do texto continua sendo o mais eficiente. “Uma boa organização permite que o corretor compreenda facilmente seu raciocínio”, destaca Michel. Ele orienta os candidatos a não pularem etapas. “A introdução deve apresentar claramente o tema da questão. O desenvolvimento é onde você expõe suas argumentações e soluções, e a conclusão serve para retomar o assunto e reafirmar sua posição ou solução de forma conclusiva.”
No caso das questões mais abertas ou dissertativas, ele aconselha que a introdução seja direta e clara sobre o ponto de vista adotado. “Não deixe o corretor adivinhar qual é a sua opinião. Mostre logo de cara que você está pronto para argumentar e apresentar soluções.”
A conclusão deve sintetizar os principais pontos discutidos e garantir que a resposta esteja completa. “Evite terminar com algo vago ou sem um fechamento adequado.”
4 – Em Exatas, destaque a resposta final
Quando o assunto são as disciplinas de Exatas, como Matemática, Física ou Química, a clareza nos cálculos e na resposta final é imprescindível. “Muitas vezes, os candidatos fazem todo o processo corretamente, mas a resposta final acaba perdida em meio aos cálculos”, alerta Michel. Ele sugere que, após apresentar todos os passos necessários, o candidato destaque a resposta final. “Isso ajuda o corretor a localizar rapidamente a solução e facilita a correção.”
Além disso, o professor enfatiza a importância de mostrar o raciocínio por trás dos cálculos. “Mesmo em Exatas, não basta apresentar o resultado; é preciso demonstrar de forma clara como ele foi alcançado, sem omitir nenhum passo importante.”
5 – Lembre-se: o corretor não gosta de corrigir provas longas e prolixas
O tempo do corretor também é um fator importante. “Quanto mais objetiva e bem organizada for a sua resposta, melhor será a avaliação”, afirma Michel.
O professor recomenda que o candidato evite repetições e jargões desnecessários, pois isso pode prejudicar a clareza e resultar em uma correção mais demorada. “Em vez de estender a resposta com exemplos desnecessários ou explicações excessivas, concentre-se em fornecer o essencial de forma direta e bem estruturada”, sugere.
O professor também destaca que a legibilidade do texto é fundamental. “Evite rasuras, escreva de forma clara e legível. O corretor pode se distrair ou se cansar ao tentar ler um texto ilegível, o que pode prejudicar a avaliação.”
Seguindo essas orientações, é possível melhorar a objetividade, clareza e estrutura das respostas, elementos fundamentais para conquistar uma boa pontuação nas provas discursivas.