UFMG e UFRJ lideram entre as federais em ranking global
O resultado reforça o papel das universidades públicas na produção científica e na formação de excelência.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foram reconhecidas como as melhores instituições federais de ensino superior do Brasil, segundo o Academic Ranking of World Universities (ARWU) 2025, divulgado na última semana.
As duas universidades dividem o quarto lugar entre as brasileiras no levantamento internacional, também conhecido como Ranking de Xangai, que avaliou mais de 2,5 mil instituições ao redor do planeta.

O desempenho da UFMG no ARWU soma-se a outras conquistas recentes, como os bons resultados obtidos no ranking de impacto universitário em sustentabilidade da Times Higher Education (THE) e no QS World University Rankings 2026, ambos divulgados em junho.
Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, os três rankings — QS, THE e ARWU — formam a tríade tradicional das avaliações acadêmicas globais e ajudam a posicionar a universidade em um contexto internacional. Ela ressalta, no entanto, que essas métricas têm limitações e nem sempre valorizam dimensões como a extensão universitária, especialmente relevante em países marcados por desigualdades como o Brasil.
Outras universidades brasileiras no Ranking de Xangai
No Ranking de Xangai, como também é conhecido o ARWU, as cinco universidades brasileiras mais bem colocadas são a Universidade de São Paulo (USP), na faixa 101–150 do ranking global, seguidas por Unesp e Unicamp, entre as posições 401–500, e UFMG e UFRJ, que aparecem na faixa 501–600.
Criado em 2003 pela Universidade Jiao Tong, de Xangai, o ARWU é considerado o mais antigo ranking universitário global. Desde 2009, é gerido pela Shanghai Ranking Consultancy, uma organização independente especializada em inteligência educacional, sem vínculos com instituições de ensino ou governos.
A metodologia do ranking avalia critérios como a presença de ganhadores do Prêmio Nobel e da Medalha Fields, número de pesquisadores altamente citados, publicações em revistas científicas de prestígio como Nature e Science, além de artigos indexados em bases internacionais e desempenho acadêmico per capita.
O resultado reforça a posição da UFMG e da UFRJ como referências no ensino superior brasileiro e destaca o papel das universidades públicas na produção científica e na formação de excelência.