UFSCar aprova criação de cotas para pessoas trans e travestis

A iniciativa abrangem todos os 68 cursos de graduação presenciais

03/05/2025 21:33

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é mais uma universidade púbica a aprovar a criação de cotas para estudantes trans e travestis.

A iniciativa abrangem todos os 68 cursos de graduação presenciais ofertados nos quatro campi da instituição –São Carlos, Sorocaba, Araras e Buri, todas no estado de São Paulo.

UFSCar aprova criação de cotas para pessoas trans e travestis
UFSCar aprova criação de cotas para pessoas trans e travestis - Cunaplus_M.Faba/iStock

A UFSCar tem processo seletivo feito através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No entanto, a instituição não revelou detalhes de como será o processo e a partir de quando será implantado.

A universidade é a quarta universidade pública do estado de São Paulo a aprovar esse tipo de cota. A Unifesp, UFABC e a Unicamp já têm cotas desse tipo.

Cotas da UFSCar para pessoas trans e travestis

O programa faz parte de uma série de ações afirmativas implementadas pela instituição desde 2007 que visam combater práticas discriminatórias decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e por deficiências.

Aprovada por aclamação, a nova política apresenta uma definição das diferentes identidades de gênero que podem acessá-la, regulamenta como as pessoas trans podem participar do processo seletivo e determina as responsabilidades institucionais da UFSCar para garantir a execução do programa.

A cota vale para todos os 68 cursos de graduação presenciais
A cota vale para todos os 68 cursos de graduação presenciais - Divulgação

Construída por um Grupo de Trabalho coordenado por Thiago Loureiro, da Coordenadoria de Diversidade e Gênero da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) e por Tainá Veloso Justo, da Coordenadoria de Ingresso da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), o GT reuniu servidores técnico-administrativos, docentes, estudantes, além de integrantes do Coletivo de Pessoas Trans da Universidade e colaboradores externos com experiência na pauta. 

Antes da apreciação no ConsUni, uma versão preliminar da Política de Acesso e Permanência de Pessoas Trans na Graduação foi submetida à análise da Procuradoria Federal e aprovada por unanimidade no Conselho de Graduação (CoG). A normativa entra em vigor em 2025 e será aplicada no próximo processo de ingresso, a partir de um edital próprio que será elaborado pela ProGrad.