Uma ilha grega, uma poetiza e a bonita origem do termo ‘lésbica’
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, que acontece há mais de 20 anos no dia 29 de agosto, simboliza a luta contra o preconceito e qualquer violação de direitos em relação à orientação sexual das mulheres. Além disso, a data é necessária para enaltecer a existência das mulheres lésbicas e, sobretudo, suas histórias de resistência.
Para isso, viajaremos para uma ilha na Grécia, em Lesbos, para conhecer a poetiza que, segundo os estudiosos, foi a primeira a escrever sobre o amor e o sexo entre mulheres. Safo nasceu em 630 a.C e o gentílico do lugar em que viveu se tornou (no século 20) a definição da homossexualidade feminina em quase todo o mundo.
Há controvérsias quanto à sexualidade de Safo, se envolveu com homens e também com mulheres, mas o fato é que ela era fora da curva e empoderada se observarmos aquele período. Ainda jovem, a aristocrata e importante representante feminina da lírica grega já fazia parte da vida pública de Lesbos.
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Ela foi exilada na Sicília por divergência políticas. Como imaginamos, seus textos eróticos incomodavam muita gente na época. Ao retornar para a capital Mitilene, inaugurou uma escola para mulheres, onde ensinava poesia, música, dança e principalmente, a emancipação social da mulher.
Então, a palavra lésbica vem do latim lesbius e faz referência aos habitantes da ilha de Lesbos. Desde estão, o relacionamento amoroso ou sexual entre mulheres foi classificado como lesbianidade e até mesmo safismo. Só que até o século 19, os termos que descreviam as mulheres lésbicas eram também um tanto pejorativos, como “urningismo”, “tribadismo”, entre outros.
Assim como Safo revolucionou a sociedade à sua volta há séculos atrás, hoje as mulheres lésbicas são guerreiras ao enfrentar o preconceito dia a após dia, pois amar outra mulher, por assim dizer, é um ato revolucionário. E vai muito além do significado de uma única palavra.
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