Assista online: 10 filmes vencedores da Palma de Ouro em Cannes

O Festival de Cannes 2015 ocorre entre os dias 13 e 24 de maio. Realizado na Riviera francesa, o festival destaca anualmente em sua programação filmes de diretores estreantes e grandes nomes do cinema contemporâneo. Entre os filmes mais esperados na edição deste ano estão “Amy”, documentário sobre a trajetória da cantora britânica Amy Winehouse, “O Homem Irracional”, novo longa-metragem de Woody Allen e “The Sea of Trees”, novo filme de cineasta Gus Van Sant.

Van Sant já saiu premiado do festival. Em 2003, seu filme “Elefante” levou a Palma de Ouro em Cannes. O prêmio de maior prestígio do evento é entregue desde 1955 vencedor do Festival. A escolha é feita por um júri composto de profissionais internacionais ligados à sétima arte. Neste ano, integram o júri Joel e Ethan Coen, Guillermo del Toro e Xavier Dolan entre outros nomes importantes do cinema internacional.

Em clima de premiação, reunimos em uma lista 15 filmes que levaram a Palma de Ouro no festival. A lista passeia por seis décadas e traz opções para todos os gostos. Lembramos que a maioria dos títulos está disponível  em plataformas de streaming como o Netflix , Crackle e Net Now, além de canais no YouTube.

1) “A Doce Vida”, de Federico Fellini (1960)
Em Roma, um jornalista de origem humilde enfrenta uma crise de consciência por estar sempre atrás de fofocas da alta sociedade, usando-as como fonte para seus artigos. Entre seu trabalho supeficial e seus problemas pessoais (como a tentativa de suicídio da namorada), é mostrada uma sociedade decadendente e hedonista.

2) “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte (1962)
Zé do Burro (Leonardo Vilar) é um humilde camponês que promete carregar uma cruz até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, após a santa ter curado seu melhor amigo: um burro (literalmente). Para conseguir atingir seu objetivo, Zé terá de enfrentar a prepotência do clero e da polícia. O filme procura analisar os conflitos entre religiosidade popular e religião, sobretudo os valores não aceitos pela religião “oficial” do Brasil, a católica. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1963 e vencedor da Palma de Ouro na categoria de Melhor Direção no Festival de Cannes.

3) “Taxi Driver”, de Martin Scorsese (1976)
Travis Bickle (Robert De Niro) é um motorista de táxi de Nova York que sofre de insônia e trabalha longas horas todas as noite, na tentativa evitar que sua personalidade paranóica e solitária se torne cada vez mais instável. Cansado da decadência da cidade e após ter levado um fora da assistente de campanha do senador Charles Palatine, Betsy (Cybill Shepherd), ele decide que é hora de mudar.

4) “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola (1979)
Com “Apocalypse Now”, adaptação do livro Heart of Darkness, de Joseph Conrad, o diretor Francis Ford Coppola leva às telas toda a insanidade da guerra. Durante a guerra do Vietnã, o capitão Willard (Martin Sheen), enlouquecido, desaparece na selva do Camboja à procura do coronel Kurtz (Marlon Brando). Durante sua busca, o agente se depara com situações estarrecedoras e testemunha absurdos mostrados com dramaticidade, em uma odisséia muitas vezes surrealista que mostra a devastação e o horror da guerra. Em uma das cenas, helicópteros bombardeiam uma praia para desocupá-la, ao som de Cavalgadas das Valquírias, de Richard Wagner.

5) “Paris, Texas”, de Wim Wenders (1984)
Travis (Harry Dean Stanton) está vagando pelo deserto do Texas e, desesperado por água, faz uma parada em um bar, onde tem um colapso. Lá, um médico alemão acha o telefone do irmão Walt (Dean Stockwell) em seu bolso, para onde liga e conta a história. Walt, por sua vez, fica surpreso ao saber que seu irmão está perdido no Texas, já que ele não entrava em contato com a família em quatro anos. Walt vai ao Texas em busca do irmão e, juntos, voltam para Los Angeles, onde Walt vive com sua mulher Anne (Aurore Clement) e Hunter (Hunter Carson), filho de Travis. de volta para casa, Travis tenta se reconciliar com o filho e sua mulher, Jane (Nastassia Kinski).

6) “Sexo, Mentiras e Videotape”, de Steven Soderbergh (1989)
Independente e com baixo orçamento, o primeiro filme de Steven Soderbergh surpreendeu o mundo. John (Peter Gallagher) é um advogado bem-sucedido e adúltero. Aparentemente, o seu casamento é um sucesso, mas ele tem um caso cheio de prazeres com a cunhada. Tudo vai correndo bem, até que ele recebe a visita de um ex-colega de colégio (James Spader).

7) “Adeus, Minha Concubina”, de Chen Kaige (1993)
Na China de 1977 dois atores da Ópera de Pequim caminham por um estádio vazio enquando recordam como se conheceram e iniciaram suas carreiras, em 1925. Nesta época, na Academia Toda Sorte e Felicidade, os pequenos Douzi e Shitou se conhecem e ficam amigos, sendo que mais tarde integram juntos a ópera Adeus, Minha Concubina.

8) “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino (1994)
Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) são dois assassinos profissionais encarregados de fazer as cobranças para um gângster, mas, durante um trabalho, passam por vários imprevistos. Em outro momento, Vincent recebe a incumbência de cuidar da esposa de seu chefe (Uma Thurman), que procura diversão a qualquer custo, colocando-o em maus lençóis.

9) “Elefante”, de Gus Van Sant (2003)
Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia.

10) “Fahrenheit 11 de Setembro”, de Michael Moore (2004)
Michael Moore investiga como os EUA se tornaram alvo de terroristas a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001. Além disso, o documentário traça paralelos entre as duas gerações da família Bush e, também, as relações entre George W. Bush e a família de Osama Bin Laden.

11) “A Fita Branca”, Michael Haneke (2009)
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, estranhos eventos perturbam a calma de uma pequena cidade na Alemanha. Uma corda é colocada como armadilha para derrubar o cavalo do médico, um celeiro é incendiado, duas crianças são sequestradas e torturadas. Gradualmente, estes incidentes isolados tomam a forma de um sinistro ritual de punição, deixando a cidade em pânico. O professor do coro de crianças e jovens da escola local investiga os acontecimentos para encontrar o responsável, e aos poucos desvela a perturbadora verdade.

12) “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick (2011)
Boa parte do filme se passa nos anos 50. A trama gira em torno do casal O’Brien e seus três filhos. Jack (Sean Penn) é o irmão mais velho e, no começo da trama, está vivendo uma feliz e inocente infância com seus 11 anos. Tudo muda quando um dos irmãos morre e a família entra em desespero. A história passa então a mostrar a transformação do garoto Jack em um adulto perdido no mundo moderno e em constante busca pelo sentido da vida.

13) “Amor”, Michael Haneke (2012)
Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são professores de música erudita que já passaram dos 80 anos. A filha, que possui a mesma profissão, vive fora do país com o marido. Um dia, Anne é vítima de um acidente e o amor que une este casal é posto à prova.

14) “Azul É a Cor Mais Quente”, de Abdellatif Kechiche (2013)
Adèle é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma, sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente. Longa é baseado na graphic novel “Blue”, de Julie Maroh.

15) “Sono de Inverno”, de Nuri Bilge Ceylan (2014)
Aydin, um ex-ator, corre para um pequeno hotel no centro da Anatólia com sua jovem esposa, Nihal, com quem tem uma relação tempestuosa, e sua irmã, que está sofrendo seu divórcio recente. No inverno, quando a neve começa a cair, o hotel se transforma em um abrigo, mas um local para animosidades