Fake News: os truques para disseminar falsidades sem aparecer
JornaLivre, associado ao MBL, lança Fake News como afirmar que Bolsonaro é simpático aos comunistas.
Essa foto acima mostra como funciona a máquina de Fake News: esse “colunista” que escrevia para o JornaLivre, site ligado ao MBL, simplesmente não existe.
No seu perfil no Facebook, ele se apresenta como ex-aluno da USP e que hoje moraria em Curitiba: http://bit.ly/2nPXY74
Esse “colunista” foi “designado para fazer no JornaLivre, associado ao MBL, os ataques mais pesados, inclusive contra o Catraca Livre. Essa foto, na verdade, é de um professor belga Luc De Vroye. A descoberta foi feito por um aplicativo ( Tineye)
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Veja a lista de Fake News que ele escreveu:
Confira 10 exemplos de notícias falsas criadas pelo JornaLivre:
1- Bolsonaro quer comunista assumido e colunista da Carta Capital como seu “conselheiro”
Inverdade: classificar Delfim Netto de comunista. Pelo contrário, ele fez parte de dois governos durante a Ditadura Militar no Brasil, o do Costa e Silva e Castelo Branco.
2- Estadão é massacrado nas redes após mentir sobre Fernando Holiday
Inverdade: o Estadão não faz matérias para ajudar o PT. Bem longe disso, o jornal é conhecido por ser um dos mais tradicionais e conservadores do Brasil.
3- Vídeo de Kim Kataguiri detonando Wágner Moura viraliza; ator foi contratado pelo MTST
Inverdade: Wagner Moura não integra nem foi contratado pelo MTST. A assessoria do ator divulgou nota informando:
“Wagner Moura esclarece que diferentemente do que foi dito no vídeo publicado pelo governo federal em suas redes sociais no dia 14 de março, ele não foi contratado pelo MTST para vídeo contra a proposta de reforma da previdência. Wagner participou voluntariamente da mobilização, pois ao contrario do que diz o vídeo do governo, acredita que essa reforma representa mais um enorme prejuízo aos direitos dos trabalhadores brasileiros.”
4- Extrema-esquerda diz que Boulos foi cortado da Folha por perseguição política, mas a verdade é que o jornal está falindo
Inverdade: Otavio Frias Filho, diretor da Folha de S.Paulo, não pode ser chamado de militante petista disfarçado. Prova disso, foi o jornal ter sido um dos principais veículos a revelar o Escândalo do Mensalão, durante o governo Lula em 2005.
5- Jornalista do BuzzFeed tem passado de militância em favor da extrema-esquerda
Inverdade: alegar que a jornalista do BuzzFedd, Tatiana Farah, teria publicado matéria que revela caixa 2 na campanha do vereador de São Paulo, Fernando Holiday, com única motivação: a moça ser simpatizante da extrema-esquerda. Detalhe: o Buzzfeed é uma empresa norte-americana de mídia de notícias. Precisa falar mais alguma coisa ou você ainda acha que tem chances de ser um canal esquerdista?
Inverdade: impossível classificar a postura e o comportamento de alguém por meio de uma única foto. Não dá para afirmar que Gregório Duvivier não tem convívio com pessoas negras e é racista.
7-Após cinco anos, Globo cancela o ultraesquerdista “Esquenta”
Inverdade: Regina Casé é ultra-esquerdista? Há anos a artista trabalha na Globo, o sistema de televisão mais rechaçado pela esquerda brasileira. Dificilmente uma pessoa com ideias ultra-esquerdistas conseguiria manter seu emprego, por tanto tempo, em uma emissora com esse perfil.
8- Sob gestão de Petry, Villa é demitido da Veja
Inverdade: a Revista Veja não está nas mãos da extrema-esquerda, com Antônio Petry. Pelo contrário, a publicação tem fama de ser conservadora.
9- Segundo Lula, Marisa recebia R$ 20 mil de aposentadoria. Por quê?
Inverdade: o teto máximo de aposentadoria pelo INSS é de R$ 5.189,82.
10- Letícia Sabatella, em foto, escancara a hipocrisia da extrema-esquerda
Inverdade: Letícia Sabatella anda debaixo de um guarda-sol que está sendo carregado por um funcionário da Rede Globo, pois se trata de um procedimento comum durante as gravações das novelas. A medida é adotada para que os atores não apareçam suando e com a maquiagem borrada durante as filmagens.
A investigação do Catraca Livre acabou por revelar o esquema do JornaLivre que, por muito tempo, como o Ceticismo Político – disseminador de falsidades contra Marielle Franco – não tinha expediente nem fonte de contato. O site estava registrado no Exterior, portanto impossível de rastrear seus donos.
A página do Facebook de Luciano Ayan, editor do site “Ceticismo Político”, acusado de ser, em parceria com o MBL, principal disseminador de Fake News contra Marielle Franco, saiu do ar. A decisão foi tomada depois de investigação do Facebook. “Luciano Ayan” afirmou que seu nome seria Carlos Augusto de Moraes Afonso. Ele revela por que resolveu aparecer com seu suposto nome verdade.
O MBL afirma que não conhecia Luciano Ayan.
O nome Carlos Augusto de Moraes Afonso, segundo o Blog do Sakamoto, aparece como um dos donos da empresa Yep Inteligência (CNPJ 28.724.932/0001-04, nome fantasia ”Vox”), cuja atividade econômica é ”consultoria em gestão empresarial”, de acordo com a Receita Federal. Segundo registros da Junta Comercial do Estado de São Paulo, esse nome é sócio de Pedro Augusto Ferreira Deiro – um dos fundadores do MBL.
Mas ele também era sócio era sócio, em outro negócio, de Rafael Rizzo, coordenador de comunicação do MBL.
Depois de três semanas investigando as conexões do JornaLivre, o Catraca Livre conseguiu um primeiro rosto por trás do site, associado ao MBL – e, a partir dele, mais descobertas estão mostrando conexões clandestinas.
Quem se apresentou foi Roger Scar, cujo nome na verdade é Roger Roberto Dias de André. Ele mora em Joinville (SC), mas, no seu perfil nas redes sociais não aparece um detalhe: até dezembro do ano passado, ele era diretor de formação política da juventude catarinense do DEM. Ele nega, porém, que seja filiado ao DEM – o mesmo partido de Fernando Holiday, líder do MBL e um dos principais personagens tanto das páginas pessoais de Scar quanto do JornaLivre.
O site Vice conseguiu detalhar as relações do JornaLivre com o MBL.
“Em uma entrevista recente concedida ao jornal EL PAÍS, o Movimento Brasil Livre afirmou que a natureza de sua relação com o site Jornalivre era “Amigável, assim como é com diversos outros sites independentes”. Apesar da resposta evasiva, a relação entre ambos é um pouco mais próxima do que isso. Em uma busca dentro do Jornalivre é possível encontrar os administradores do conteúdo do site, nomes que coincidem com membros do MBL — também responsáveis pelo que é postado no site bastante replicado nas redes do movimento.
Entre os autores, surge o nome “renanweik“. Este é um dos nomes de usuários utilizados pelo coordenadores nacional do MBL, Renan Santos. Em uma busca rápida é possível conferir que Santos utiliza o mesmo usuário em sua conta do Instagram, por exemplo. Como boa parte das publicações do Jornalivre, a maioria do conteúdo publicado pela conta vinculada ao nome de Santos não é assinada. Em alguns casos, os textos são assinados com o nome “Rafa Silva”.
Este nome também é encontrado assinando publicações de outro autor, identificado no site como “leafar” (“rafael” ao contrário). Embora o nome não entregue, o link da página do autor revela que se trata de Rafael Rizzo. Rizzo está entre os responsáveis por diversas peças de comunicação do MBL, sendo apontado pelo jornal Folha de S. Paulo como um dos “memeiros” que o movimento têm apostado em suas comunicações mais recentes. No site, o usuário vinculado a Rizzo também apresenta publicações com as assinaturas de “André Silva”, “Julio Santos”.
Um terceiro usuário na página do Jornalivre possui o nome “fgalbier“, conta de Francine Galbier. Diferentemente dos outros dois membros do grupo, Galbier chega a assinar alguns dos textos do site. A ativista do grupo foi protagonista do vídeo em que acusou o projeto de fact-checking Truco, produzido pela Agência Pública, de tentativa de censura”.
É possível constatar que o JornaLivre está sempre conectado aos projetos do MBL. Até certo momento, o nome elogiado era João Dória, a quem o movimento apoiava para presidente. Agora é Flávio Rocha, do da Riachuelo. Então, interessa tentar limpar o caminho e desconstruir Jair Bolsonaro, apontado como simpático aos comunistas.
O JornaLivre se esforça em mostrar que Bolsonaro é uma alternativa ruim para a direita liberal.