10 vezes que Sense8 mostrou exatamente como é ser mulher
Texto escrito por Marcela De Mingo e publicado no Superela.
Sense8 é uma das minhas séries preferidas da atualidade. Eu devorei a primeira temporada em alguns dias e fiquei enlouquecida quando anunciaram que a segunda ia demorar ainda mais por conta de problemas com o elenco/produção. E apresar de ter ficado (levemente) decepcionada com o episódio especial de Natal, eu sigo com a esperança de que os novos episódios, que vão estrear em maio, vão ser tão incríveis quanto os primeiros.
Eu tenho um carinho especial por todos os personagens de Sense8, mas acho que a Sun (interpretada por Doona Bae) é a minha favorita. Ela é incrível! E mesmo com as habilidades maravilhosas e todas as coisas sobrenaturais que os sensates fazem, eu acho que ela e todas as mulheres da série mostram exatamente como é ser mulher no mundo hoje. Duvida? Olha só:
*ATENÇÃO: Este post pode conter spoilers da série.*
1.Quando Sun foi desvalorizada no trabalho por ser mulher
Voltando um minutinho para a Sun, ela exemplifica como as mulheres são desvalorizadas no mundo corporativo. Numa sociedade tão rígida e patriarcal como a sul-coreana, ela, que é filha do presidente da empresa, precisa fazer o papel de ‘boa mulher’, ficar no seu devido lugar, sorrir e deixar os negócios para os homens. Não só isso, mas ela acaba sendo presa por um crime que não cometeu para proteger o legado do pai, que tinha o desejo de deixar todo o seu império para o filho (óbvio) e não para ela. Não é sem motivo que ela luta para extravasar toda a frustração que sente.
2.Quando Riley quase foi abusada sexualmente (e morta)
Em um dos episódios de Sense8, logo no começo da história, Riley está junto de outros dois homens que querem drogá-la e abusar sexualmente dela. Nem tudo sai como planejado e ela consegue escapar antes que algo pior aconteça, mas o medo e o trauma são reais (lembra dos medos de ser mulher?). E não é só na história dela que vemos esse histórico de abuso. Sun também passa por isso ao ser vista como um objeto cenográfico e sexual para os clientes do seu pai na empresa em que trabalha.
3.Quando Kala começa a aprender sobre o prazer do sexo
Kala, uma farmacêutica indiana, é uma mulher que nasceu em um país altamente machista e patriarcal, e que desde nova sabia que o seu casamento seria arranjado. Até por conta de toda essa história familiar e cultural, ela nunca teve contato com a própria sexualidade e casa ainda virgem. Por conta da ligação entre os sensates, ela começa a entender um pouco mais sobre sexualidade e qual a relação que as pessoas têm com o sexo – Sun tem um papel importante nisso quando a indiana está a ponto de ter a sua primeira vez com o marido. Masturbação e o próprio sexo sempre foram tabus quando falamos de mulheres – por isso existem as ideias machistas de que nós podemos ser classificadas como ‘para transar’ e ‘para casar’.
4.Quando Dani está em um relacionamento abusivo
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