5 fatos que você não sabia sobre o Super Nintendo

Exatamente há 25 anos, no dia 21 de novembro, milhares de crianças japonesas tinham um novo sonho de consumo.

19/11/2015 16:55 / Atualizado em 07/05/2020 01:18

 
 
Exatamente há 25 anos, no dia 21 de novembro, milhares de crianças japonesas tinham um novo sonho de consumo. O Super Nintendo (ou SNES) chegava às lojas prometendo muito, e, a julgar pela nostalgia que as pessoas tem em relação a ele, podemos dizer com certeza que ele marcou época.

O portal BigGames separou alguns detalhes que você provavelmente não sabia sobre ele.

1. Super Nintendos ficam amarelos com o tempo, e isso não é culpa sua

 
 

Suas mãos engorduradas de criança não foram responsáveis por fazer com que seus controles de PlayStation e afins ficassem amarelados. Mas o que justifica o SNES também mudar de cor com o tempo não tem nada a ver com a higiene dos jogadores.

Assim como outros eletrônicos da época, o SNES eram feitos com um tipo de plástico chamado Acrilonitrila butadieno estireno, que era misturado com bromo para que o plástico se tornasse mais resistente ao fogo. O bromo, por sua vez, é muito suscetível a oxidação caso exposto ao calor/raios ultravioleta, o que fazia com que o plástico cinza se tornasse amarelado com o tempo.

2.O Design do Super Nintendo foi pensado para que as pessoas não derramassem bebidas nele

 
 

Ainda na época do NES, o serviço técnico da Nintendo recebeu uma boa quantidade de consoles estragados por que alguém havia derramado bebidas nele. Isso acontecia porque, no design americano do videogame, a parte de cima do console era totalmente plana e as pessoas frequentemente usavam o console como suporte de copos enquanto jogavam.
Lance Barr, o designer original do NES americano, resolveu fazer com que a parte superiora do SNES fosse toda irregular e parcialmente curva para justamente desencorajar as pessoas a colocar copos em cima do vídeo game.

3.Os cartuchos eram capazes de aperfeiçoar o poder gráfico do console

Um dos motivos do alto preço dos vídeo games atuais vem do fato de que são utilizados peças de última tecnologia para que esses consoles fiquem no mercado o maior tempo possível sem que sua tecnologia se torne obsoleta. Para baratear o preço do SNES, ele foi desenvolvido de modo que chips co-processadores fossem produzidos e inseridos nos cartuchos quando necessário, aumentando a longevidade do vídeo game.
Os jogos mais famosos com essa tecnologia são o DSP-1, que foi usado para permitir a tecnologia Mode 7 que daria vida a Super Mario Kart e F-Zero; o Cx4, usado para efeitos especiais de Mega Man X2 e X3); e o Super FX que permitiu gráficos 3D em Star Fox. Ironicamente, o jogo considerado como o mais bonito do Super Nintendo na época, Donkey Kong Country, não utilizava nenhum desses chips.

4.No Japão o SNES tinha um serviço de jogos na nuvem em pleno ano de 1995

 
 

Apesar da tecnologia ainda não ter se popularizado, já faz um bom tempo que ouvimos falar sobre cloud gaming (jogos na nuvem), que se refere a possibilidade de jogar jogos através de streaming, exatamente como assistimos aos filmes no Netflix.
O Satellaview, acessório acoplado na parte inferior do console, fazia com que o videogame decodificasse sinais de TV em que eram transmitidos jogos exclusivos para o sistema. Funcionava da seguinte forma: a Nintendo determinava horários específicos em que certos conteúdos seriam disponibilizados para o público. O jogador então conectava-se  nesse horário e podia jogar aquele conteúdo até o fim do período designado. Depois disso, o conteúdo desapareceria e ele só teria acesso quando um novo horário fosse marcado pela Nintendo.
Apesar de um pouco rudimentar, a plataforma trouxe conteúdos bem relevantes, como um remake do The Legend of Zelda de NES, um spin-off da série Chrono, missões exclusivas de Fire Emblem, demos de jogos, dentre vários outros.

5. O PlayStation nasceu como um acessório de SNES
Esse é um fato um pouco mais conhecido, mas que vale a pena ser comentado.

Em 1988 (bem antes do lançamento do SNES) a Nintendo buscou a Sony para que ela produzisse um leitor de CDs para seu futuro vídeo game. Isso levou a empresa a fazer um protótipo e desenvolver um sistema que funcionaria não apenas como acessório, mas também como um sistema independente, que funciona com os jogos no formato SNES-CD e cartuchos comuns. Seu nome seria Play Station.
Entretanto, houve problemas no consenso do licenciamento dos jogos. Os contratos eram extremamente desfavoráveis para a Nintendo, uma vez que davam a maior parte dos lucros dos jogos para a Sony.
Isso fez com que a Nintendo fosse atrás da Philips para que ela produzisse o novo acessório, além de jogos exclusivos para o novo sistema da empresa, o Philips CD-i. O acordo foi anunciado de surpresa literalmente horas depois da Sony anunciar o acessório de SNES no evento CES,  1991 (Consumer Eletronics Show), ocorrido em Las Vegas, acabando assim com a credibilidade da empresa.
Como consequência, a Sony resolveu pegar o projeto e desenvolvê-lo para a próxima geração, lançando como um videogame independente, o famoso PlayStation.