‘Altas Horas’: Pabllo Vittar revela que apanhava por ser gay

Cantora disse que enfrentou período difícil quando tinha apenas 10 anos de idade

02/09/2018 11:43

Pabllo Vittar se emocionou ao relembrar drama na infância, durante o “Altas Horas”, da Globo
Pabllo Vittar se emocionou ao relembrar drama na infância, durante o “Altas Horas”, da Globo - Reprodução/TV Globo

Pabllo Vittar emocionou o público que acompanhava sua participação no “Altas Horas”, da Globo, na madrugada deste domingo, 2. A cantora relembrou os momentos difíceis da infância e revelou que apanhava por ser gay e estar acima do peso.

“Foi muito difícil. Eu era uma criança gordinha com a voz afeminada e de cabelo grande. E eu cheguei super contente no primeiro dia de aula na escola nova para fazer amigos. No primeiro dia me bateram e foi horroroso porque eu não tinha a quem recorrer. Os professores não faziam nada”, declarou.

https://www.instagram.com/p/BnNe0BfgznM/?hl=pt-br&taken-by=pabllovittar

A drag queen disse ainda que naquela época tinha 10 anos de idade e pensou em desistir de frequentar o colégio no mesmo dia, porém, foi encorajada pela mãe a seguir em frente.

“Minha mãe falou: ‘Você vai, sim. Sua vida inteira vai ser desse jeito, se você se esconder vai ser pior”, disse, emocionada.

Os internautas ficaram comovidos com o relato e se manifestaram nas redes sociais. Veja algumas reações:

https://twitter.com/PablloNews/status/1036095852455096327

https://twitter.com/gabriel_hanc/status/1036112900451127296

HOMOFOBIA É CRIME

Pabllo Vittar posou sem super produção em frente ao espelho
Pabllo Vittar posou sem super produção em frente ao espelho - Reprodução/Instagram

O Brasil é um país em que a cada 19 horas uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) morre e que mais mata travestis e trans em todo o mundo. Um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que levanta dados sobre assassinatos da população LGBT no Brasil há 38 anos, registrou 445 homicídios desse tipo em 2017. O número aumentou 30% em relação ao ano anterior, que teve 343 casos.

As vítimas são, em maioria, homens gays negros e pardos, entre 18 e 30 anos. As denúncias que chegam pelo Disque 100 são encaminhadas a órgãos como centros de referência de combate à homofobia, a Defensoria Pública e o Ministério Público.

Confira mais informações abaixo: