Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22

"Não querer que o racismo exista é diferente de negá-lo", disse a apresentadora do "Mais Você"

18/01/2022 17:29

Ana Maria Braga mostrou que está por dentro do “BBB 22” e rebateu a fala de Naiara Azevedo que relativizou a existência do racismo no Brasil. Em um bate-papo, a sister falou que não faz distinção das pessoas por cores porque ela vê “todos como iguais”.

Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22
Ana Maria Braga rebate fala de Naiara Azevedo sobre racismo no BBB 22 - Reprodução/Instagram @anamaria16 / Reprodução/TV Globo

No entanto, é importante ressaltar que a igualdade não é uma realidade do Brasil: negros ainda ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência em 23 grandes empresas nacionais e multinacionais, de acordo com um estudo da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial de 2020.

Branca com muitos privilégios, Ana Maria apontou que, para atingir alguma igualdade, é necessário reconhecer que existe racismo e e todos devem enfrentá-lo.

“Não querer que o racismo exista é diferente de negá-lo. Eu aprendi, me rodeando de pessoas pacientes e amorosas, que esse ‘pensamento de igualdade’ causa dor nas pessoas negras. Pois são elas que sofrem (literalmente) na pele e só elas podem testemunhar se racismo existe ou não”, disse.

A apresentadora do “Mais Você” fez uma comparação de uma situação com um paciente indo ao médico e alertando que está com dores, mas o profissional diz que não porque não era ele que estava sentido a dor.

“Que no futuro exista esse mundo onde a cor é indiferente. Mas, por enquanto o segurança da loja cara vê cor, o empregador vê cor? Enquanto muita gente estiver vendo cor e muita gente estiver sofrendo preconceitos de todo tipo por causa da cor, a gente tem que ver cor”, terminou Ana.

Na última edição do “BBB” do ano passado, Ana Maria disse que aprendeu com o erro ao dizer que existia racismo reverso e que Lumena teria feito a prática com Carla Diaz. Ela ainda comemorou uma falsa “democracia racial” entre as cores e a miscigenação.

Na verdade, a baiana disse que Carla era privilegiada por ser branca e utilizou o termo “branquitude” — quando o branco se impõe como um padrão.

“Racismo é um sistema de opressão e, para ter racismo, tem que ter poder. Negros não têm poder institucional para serem racistas contra brancos. Isso é reflexo da sociedade de lidar com essas lições. A gente vai debatendo e aprendendo”, se desculpou Ana Maria na época.

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