Após agredi-la, ex-namorado de apresentadora da Record é solto
Mesmo com pedido de prisão preventiva, o empresário Ricardo Hilgenstieler pagou fiança e foi liberado
Em menos de 24 horas após sido preso por ter batido na ex-namorada e apresentadora da Record de Goiânia, Silvye Alves, Ricardo Hilgenstieler está solto de novo. O empresário fez o pagamento da fiança e foi liberado na manhã da última terça-feira, 22, mesmo existindo um pedido de prisão preventiva realizado pela promotora que está cuidando do caso.
Ricardo teria entrado sem permissão no prédio onde Silvye mora e a agrediu com socos no rosto, além de chutes e tapas. As agressões teriam ocorrido na frente do filho da jornalista, que tem apenas 11 anos. Ricardo foi levado à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) por policiais do 9º BPM, de Goiânia. Um pouco antes de ser preso, ele estava a caminho para pegar um avião quando foi interrompido.
A jornalista Fábia Oliveira teve acesso a um vídeo em que mostra Ricardo Hilgenstieler, o ex-namorado da apresentadora, depois de ter sido preso na manhã da última segunda-feira, 21.
- Ligue 180 começa a atender mulheres via WhatsApp; veja como usar
- Após denunciar ex-marido por agressão, humorista Lea Maria mostra lesões
- Estudante é estuprada e morta em festa de calouros da UFPI
- Homem é preso após manter namorada acorrentada em casa no Rio
Briga entre marido e mulher se mete a colher, sim!
Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas, vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica, como o de Quesia Freitas, não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.
Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.
Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.
Mas como denunciar violência doméstica?
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.