Após chamar Alex de ‘gazela’, Vini Buttel é denunciado por homofobia
"Ele é um leão bravo, quando ele quer; uma gazela indefesa, quando ele precisa", disse o peão dentro do reality
Vini Buttel, que está confinado no reality “A Fazenda“, foi denunciado por homofobia no Ministério Público.
A queixa-crime foi aberta depois que Vini comparou o peão Alex Gallete a uma gazela na formação de roça da última terça-feira, 20. Na ocasião, ele falou: “Ele é um leão bravo, quando ele quer; uma gazela indefesa, quando ele precisa, porque ele é um caça-gazela e é uma hiena carniceira. A hiena fica em volta do leão. Entendeu?”.
Para o ativista LGBTQIA+ Agripino Magalhães, que abriu a queixa-crime no Ministério Público, a declaração foi homofóbica porque o termo “gazela” geralmente é usado para diminuir ou atacar a sexualidade: “Esse tipo de agressor primeiro começa a insinuar as agressões para você partir para cima dele. Essa é a tática de quem é homofóbico, transfóbico, LGBTfóbico”.
- ‘A Fazenda’: Tiago e Shayan devem pagar à TV Record por expulsão
- Após briga na madrugada, dois peões são expulsos de ‘A Fazenda’
- Bia Miranda revela em A Fazenda que sofreu abuso sexual quando criança
- Homofobia: MP é acionado contra candidato a deputado do PL
Na queixa-crime, ele também anexou vídeos da discussão em que Vini ameaçou “quebrar” Alex após o peão balançar um cabide na frente do seu rosto. A intenção do ativista é que Vini seja intimado pela polícia ainda dentro do confinamento.
Em conversa com Vini no reality rural, Ingrid Ohara comentou que a comparação pode ter ofendido Alex. O ex-“De Férias com o Ex” negou: “Eu chamei ele de três animais. Eu sou zero homofóbico. Eu fiz uma citação de savana africana”.
O advogado de Vini Buttel se pronunciou: “Isso não constitui crime, são meros xingamentos em razão do calor das discussões. No caso do termo gazela, o Vini usou a metáfora e falou de leão, gazela e hiena, sem qualquer conotação da opção sexual do outro participante”.
“Opção sexual” também é um termo considerado homofóbico por pressupor que sexualidade é uma escolha — no lugar da expressão, utiliza-se “orientação sexual”.
“Dificilmente algum promotor ou delegado pedirá para instaurar inquérito sobre esses fatos”, completa o advogado. A assessoria do peão ressalta que Agripino Magalhães é candidato a deputado estadual: “O denunciante é um ativista em campanha eleitoral e quer se aproveitar do fato para engajar sua campanha, a gente deseja boa sorte a ele”.