Aposentada processa cartomante porque marido não voltou para casa

03/05/2017 16:39

Cartomante é processada em Minas Gerais por cliente insatisfeita
Cartomante é processada em Minas Gerais por cliente insatisfeita - Getty Images/iStockphoto

“Trago de volta a pessoa amada!”. A probabilidade de você já ter visto um cartaz pregado em um poste ou ter recebido um cartão com dizeres parecidos é grande. A promessa é praticamente o cartão de visitas de uma classe profissional que nem todo mundo leva a sério: as cartomantes.

Mas uma pessoa levou sim, e a sério demais. Uma aposentada de Ipatinga, interior de Minas Gerais, pagou pelos serviços de uma cartomante que prometia trazer o marido dela de volta. Dinheiro na mão, promessa feita e nada de marido, a aposentada decidiu lutar pelos seus direitos e processar a cartomante por propaganda enganosa, ou mais precisamente por danos morais e materiais no valor de R$ 6.300. Segundo a aposentada, ela ficou endividada após ter feito empréstimos para pagar o trabalho da cartomante.

Segundo o processo, a aposentada afirmou que pagou por consultas que prometiam restaurar seu relacionamento, e que a cartomante se aproveitou de sua ingenuidade, falta de instrução, saúde debilitada e abalo emocional após a separação para oferecer o serviço.

Já a cartomante alegou que não existe possibilidade de anular o negócio, porque o marido teria retornado para casa. A aposentada disse em depoimento que o marido havia voltado para casa, mas não para a relação conjugal.

O Tribunal de Justiça de Minas negou o pedido de indenização da aposentada. A decisão da Justiça foi publicada nesta terça-feira, 2, e o desembargador entendeu que os “aborrecimentos e as chateações do dia a dia não podem ensejar danos morais, visto que não trazem maiores consequências ao indivíduo”.

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